quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

SOBRE A TV COMUNITÁRIA

Ousar em falar desse assunto é ser co-autor de parecença com nitroglicerina pura. Mas, o que seria da vida se não nos fosse outorgada a democrática liberdade de expressão e o direito singelo de opinar?
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Longe de mim a pretensão de ser parafrástico do tema. De tudo o que já ouvimos e lemos, pouca adição se faz necessária. Entretanto, sou homem de comunicação e também tive o prazer de aprender com a, e na TV Comunitária, de Angra dos Reis. O imbróglio não é salutar nem corresponde -em meu modesto modo de enxergar essa situação- aos interesses da população. A luta campal entre algumas Entidades pela outorga concessionária do canal, beira ao extremismo. Já me antecipando ao possível contorcionismo linguístico dos atores envolvidos, não faço defesa e nem ataque a nenhum dos lados, apenas oferto a minha crítica, e espero que sirva de contribuição.
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A TV COMUNITÁRIA é do povo, em tese, por intermédio das Entidades representativas. O custo de produção de um programa não é baixo, quando se pretende fazê-lo bem. O custeio próprio da emissora é igualmente razoável, mesmo não tendo fins lucrativos. Assim, as Entidades que desejam dispor de horário na tela, devem procurar a Justiça Federal e requerê-lo. A ANATEL também precisa, como Agência Reguladora, empregar a lei, não permitindo que a utilização do canal se dê para fins de propagandas do governo. A Polícia Federal é a guardiã, mas a Justiça é quem determina. Nesse caso específico, em Angra dos Reis, creio que a solução deva sair dos tribunais, se não o poderio da máquina pública -se usado- poderá aniquilar o direto constitucional da sociedade em ter o seu próprio canal.