sexta-feira, 13 de março de 2009

PRÉ-SAL: NADA ALÉM DO JÁ TEMOS

A NOTA é dirigida ao povo angrense, obviamente.
Novamente, ao site Noticia Pescada, meus parabéns, mesmo tendo uma equipe infinitamente menor que a do nobre vereador ÍLSON PEIXOTO, está devidamente atualizado, em tempo real- sobre a Audiência Pública do Pré-Sal.
MOTE
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Parafraseando o poeta Viníssius de Moraes, os muito sábios que me perdoem, mas percepção é fundamental. Modéstia à parte, isso eu tenho.

Resumo que interessa
(site: Notícia Pescada)
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Questionamentos sobre a influência do pré-sal em Angra
Questionado sobre como a pesca seria interferida, Cláudio Ultra, explicou que a primeira modificação no setor é que a captura de pescado será proibida em um raio de 500 metros da área de produção, que hoje está a cerca de 270 quilômetros do continente fluminense. No entanto, ele explicou que a maior preocupação é quanto ao pescador artesanal, por causa da possível passagem de dutos. Ele ressaltou que nestes casos são realizados estudos antes e depois da implantação dos equipamentos e se houver impacto sobre a atividade, será analisada uma forma de ressarcimento.
Mauro Yuji informou que não foi mapeada ainda por completo quais as categorias que mais serão necessárias e em quais locais serão implantados pólos de formação de mão de obra. Só sinalizou que, naturalmente, a região terá o setor metalúrgico-naval aquecido por causa da construção de novas plataformas, ficando a cargo dos políticos locais canalizarem forças para trazer para o município cursos de qualificação custeados pelo Governo Federal e linhas de financiamento da própria Petrobras.
Ele também ressaltou que ainda está em analise quais serão os portos usados pela empresa para apoio logístico direto da estatal. Segundo o especialista, serão usados dois terminais entre o Rio e São Paulo.
- Angra poderá ser beneficiada com pré-sal com a construção de plataformas, com a instalação de empresas que fornecerão serviços ao campo e com a utilização do Terminal da Transpetro (na Ponta Leste), que possivelmente será usado para embarque e desembarque de petróleo – comentou Mauro Yuji.


OPINIÃO
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Acertei na mosca, fora a exibição institucional, o que restou foi BLÁBLÁBLÁ.
Então, me permitam apresentar um outro ponto de vista: qual o nível de informações e o grau de confiabilidade que os vereadores dispunham para questionar a Petrobrás?
Qual das atividades apresentadas pela empresa, como possíveis de serem utilizadas no empreendimento, do qual Angra já não tenha? Onde está a apresentação do EIA-RIMA do empreendimento? Onde estãvam os representantes dos órgãos competentes para o licenciamento? Quais foram os argumentos apresentados pelas autoridades angrenses capazes de empalidecer a proposta da empresa até agora? Enfim, são indagações que infelizmente eu já havia previsto ficarem sem as devidas respostas. Como tenho dito, a Audiência Pública só serviu para que a PETROBRÁS fizesse o seu comercial, e -talvez- para nos mostrar o quão ignorantemente estamos distantes de entender a envergadura e os conceitos inseridos nesse mega projeto. Ou seja, por infelicidade, ainda tem muita gente pensando pequeno demais. Do Pré-Sal, nada além do que já temos. E olhe lá.
13/03/09
23h40min.

adelsonpimenta@ig.com.br