ARTIGO
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Sessenta dias.
O desafio de um bom governo, modestamente avaliando, é não se permitir a uma leitura de simples alvitreiro. É ser representativo.
É ser governo.
TUCA JORDÃO está em xeque. E isso é salutar.
Sua candidatura foi o extrato de um supetão partidário- o que está na regra do jogo, infelizmente. Mas a sua eleição, quando outorgada pelo crivo das urnas- como o foi, é objeto legítimo de representatividade.
Há, na justiça, questionamentos dos adversários. Escoimar é responsabilidade dos que possuem a sua procuração para isso.
Preocupa à fundo, uma crise econômica no meio do caminho.
Alguns governantes tem sido iníquos, taxando severamente o bolso do cidadão para reforçar o caixa, abandonando diversas outras alternativas mais inteligentes de arrecadação- sem que haja prejuízos óbvios ao contribuinte. Nesse sentido, creio firmemente que o governo angrense tem sérios desafios pela frente. E que isso sirva de combustível.
TUCA precisa imprimir a sua marca, mas não o fará sem antes equacionar algumas frações herdadas do seu tutor, tais como: o Saae, a queda dos royalties, Angra III, o declínio da indústria naval, o apático desenvolvimento econômico, o desnível educacional, o reclame na saúde pública, e o apartheid social- um fosso criado entre o que a cidade produz e os benefícios gozados por sua população. É possível. É preciso.
Estamos apenas no começo de um governo. Porém, o terreno é sempre movediço. Morigerando, avança.
TUCA JORDÃO está em xeque.
Mas esse desafio pode ser a grife certa para o seu governo.
Seu comando terá de buscar a dosagem mais acertada, fugir das miudezas temáticas, das quinquilharias que só tomam tempo, para ser severo e enfático com a responsabilidade que lhe foi atribuída, e pela qual ele prestou juramento. A confiança, única fonte que jamais poderá estar em xeque, não pode ser quebrada. Para mantê-la, TUCA JORDÃO está em xeque.
09/03/09
17h58min.