segunda-feira, 6 de abril de 2009

100 DIAS DOS VEREADORES

ARTIGO
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Assim como os analistas dissecam os cem primeiros dias de um governo, entendo ser igualmente importante que sejam analisados os vereadores- pelo mesmo período. Eu, em particular, não tenho elementos suficientes para proceder com uma análise desse porte, pois tenho permanecido mais tempo ausente que presente da cidade; logo, não tenho podido vivenciar o cotidiano dos nobres parlamentares, mas sei que a cidade está perfeitamente bem assistida com os jornalistas, advogados, blogueiros e outros analistas que podem fazê-lo tranquilamente, caso queiram- é óbvio. Ainda assim, pelo pouco de informações que tenho à disposição, não farei uma análise profunda, mas darei meu modesto pitaco, dentro de um contexto geral.
O PITACO
Creio que não fulanizar este novo modelo de crítica, que estou carinhosamente chamando de pitaco, ajudará a compreender melhor minha linha de raciocínio, mas só assim o farei pelos motivos elencados acima. Talvez seja ácida demais, mas creio que esta legislatura começou o seu exercício se intimidando, não se apequenando politicamente por completo por conta de alguns temas buscados para o debate, principalmente pelos vereadores novos- diga-se de passagem.
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É negativo, a meu ver, gastar duas horas e meia de Sessão discutindo a nomenclatura de um beco. É negativo, usar como argumento contrário a aprovação de um requerimento de informações, algo como "isso é para fazer política de oposição". É negativo que, em todos os ataques feitos pela oposição, todos os vereadores da base gastem horas intermináveis para dizer que o prefeito é isso e os secretários são aquilo; creio que para isso há um líder de governo- à quem cabe tal função.
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Porém, é positivo construir agendas, como o Pré-Sal, como as contrapartidas da Brasfell's, como a questão das barcas, como a violência contra a mulher, como a gratuidade da passagem de ônibus à universitários e, indiscutivelmente, Angra 3. De qualquer modo, frente aos desafios que a própria grandeza dos temas requer, aliado a grave crise econômica mundial, creio ser ainda pouco. Os vereadores de Angra, em sua maioria, tem ampla vivência popular e conhecem as ruas e as necessidades do município, logo, precisam manter a linha de construção de agendas para que empurrem o Executivo (a máquina é muito grande e pesada, por isso costuma ser muito lenta) à se inserir em debates programáticos.
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Destacaria, sem pormenores ou fulanizando, apenas destacando: as medidas e iniciativas do vereador PARENTE como grandes sacadas; do vereador ÍLSON PEIXOTO como de bom alvitre; do vereador JORGE EDUARDO como de iniciativas interessantes; e esperava mais do vereador ZÉ ANTONIO- que certamente tem um potencial muito maior à ser apresentado, não pode se permitir envolver com discussões miúdas, frente ao seu conhecimento. Estes são os meus destaques nestes cem primeiros dias.
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A responsabilidade dos vereadores vai muito além do que pensamos. Eles terão pela frente apreciações e votações de grande importancia e peso para o futuro da cidade. Eles tem a prerrogativa e estrutura de puxar os grandes debates. Eles precisam zelar pela transparência dos atos administrativos da Casa. Eles precisam estar a altura do anseio popular. Sinceramente, creio que esta legislatura dispõe de bons nomes, basta botar em prática a expectativa criada em torno disso.
Desculpem a superficialidade do PITACO, mas já disse o por quê.
06/04/09
18h05min.