O Presidente LULA afirmou neste fim de semana que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está emperrado muito mais por ineficiência das Prefeituras do Brasil que não dispõem de projetos bem elaborados para a obtenção dos recursos, e continuou em sua fala afirmando que os eleitores brasileiros devem estar muito insatisfeitos com os seus prefeitos por terem prometido durante as eleições que fariam uma política de correção das necessidades de investimentos em infraestrutura- mas que até agora não teriam sequer esboçado um movimento prático nesse sentido.
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OPINIÃO
A meu ver, o Presidente contou uma meia-verdade. De fato muitas prefeituras brasileiras precisam optar pelo melhoramento dos seus quadros técnicos para que possam elaborar os projetos necessários, assim como para acessar as diversas linhas de programas dos ministérios- que estão à disposição dos municípios. Por outro lado, é imperioso também que se diga, que o Governo Federal tem feito uma massante propaganda desse programa, o PAC, mas que não conseguiu gastar nem 20% do total de recursos previstos- e que isso certamente não se dá somente por inaptidão tecnica dos municípios. Logo, entendo que essa culpa ou responsabilidade deve ser dividida entre os entes federados. A preocupação do Presidente, em meu entendimento, é que o seu mandato caminha para o término e que, talvez, o seu principal discurso tenha sido amparado nesse mega-projeto. Por fim, entendo que isso também serve para alertar que os prefeitos terão de optar pela eficiência, ainda que com iso tenham de abrir mão de quadros políticos- afinal uma reeleição não se obtém, segundo inúmeras pesquisas, somente pela força dos cabos eleitorais (que são mais importanes na primeira eleição) mas pelo conjunto da obra do seu trabalho frente ao seu governo, pois ele na reeleição será reavaliado- perdendo o elemento "novidade". É muito bom que os gestores públicos pensem um pouco mais a respeito, aproveitando a deixa do Presidente da república.
13/04/09
08h28min.
adelsonpimenta@ig.com.br
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