Com extensa matéria sob o título de chamada desta postagem, a revista VEJA diz que: "o mais badalado balneário do Brasil é alvo de uma megaoperação. Mais de 150 processos de licenciamento estão sendo revistos- e as multas são salgadas como o mar". A leitura é recomendável, e joga luz num assunto que normalmente poucos discutem, que é a sagacidade de milionários em tomar de assalto paraísos ecológicos e privatizar praias, impedindo -em vários casos- a passagem dos usuários até mesmo por servidões administrativas que existem nos locais de referências há anos- com a colocação de guaritas e segurança armados. Essa parte não está na matéria da revista, é complemento meu, pois conheço muito bem a região. Importante destaque da revista, é que diversas ações corretivas e fiscalizatórias estão em andamento, tanto pelos órgãos licenciadores, como pela Prefeitura, assim como pela Polícia e Ministério Público Federal. Houve, conforme consta na matéria, até mesmo prisões de diversas pessoas em passado recente supostamente envolvidos com corrupção nos licenciamentos ambientais- de diversas esferas de poder. Isso corrobora com minhas cobranças exaustivas por todos os meios de comunicação por onde me pronuncio, quando cobro a falta de um Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro, de um Plano de Manejo e de Capacidade de Carga para a Ilha Grande, sem os quais considero inviável que Angra logre êxito na condição de município indutor de turismo. Há muito que se sabe haver no município a maior concentração de marinas do país, e o maior volume de lanchas de recreio navegando em águas brasileiras, pela Baía da Ilha Grande- sem que sequer os políticos da região tenham buscado uma discussão em plano nacional quanto a necessidade pela regulamentação da profissão de marinheiro. O geoprocessamento está inconcluso. Os ilhéus continuam sendo transportados tanto para o continente quanto os alunos para as escolas em barcos de pesca improvisados. Não há sequer uma ambulancha no município, sendo os resgates sido feitos corajosamente pelos bravos homens da Defesa Civil em lanchas improvisadas para certos atendimentos. De modo que, embora a primeira vista as minhas considerações não pareçam ter qualquer ligação com a matéria da revista VEJA, eu as condiciono a ausência de um programa sério e eficaz de Termos de Ajustamento de Conduta Ambiental, sempre supervisionados pelo MP. Assim, sugiro ao Prefeito TUCA JORDÃO (PMDB), que encabece essa lista de desafios e determine ao seus secretários que se movimentem para que essas condicionantes sejam sanadas, para que -então- seja viável os próximos passos em busca de uma ocupação ordenada e sustentável das nosssas ilhas, assim como a busca por um turismo diversificado, de boa qualidade e economicamente rentável à municipalidade.
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03/08/09 - 23h30min. - adelsonpimenta@ig.com.br - blog - twitter