sábado, 26 de setembro de 2009

OS EFEITOS COLATERAIS DE UM DEBATE MAL CONDUZIDO

Vou insistir no tema 'Audiência Pública', com enfoque nos municípios, pois há determinações variadas, como para licenciamento ambiental, por exemplo, que habitualmente conta com a participação efetiva do MP. Já para o caso das obrigações das prefeituras com o que preconiza a LRF, a coisa anda feia por aí. Em minha modesta opinião, uma administração pública séria deve buscar o enfoque de eixos críticos de ação, além das rotinas setoriais que asseguram a gestão dos serviços básicos. É importante que as administrações públicas municipais, exponencialmente, permitam que seja natual o desencadeamento de mobilizações sociais em torno dos seus interesses. Isso termina sendo o melhor auxílio que uma prefeitura poder ter. Entretanto, sonegar informações, manipular dados, responder aos questionamentos com evasivas, fugir da publicidade dos atos, desistimular o controle social, e tomar atitudes dessa natureza perversa termina deseducando a população. Uma 'Audiência Pública' deve atingir objetivos sociais de pleno esclarecimento sobre as atividades públicas e o efetivo emprego dos recursos. É o que penso, e sonegar o acesso a tais informações, é furtar do cidadão o seu direito a cidadania. Não tendo acesso a certas informações, fica comprometido o conhecimento sobre a responsabilidade social da administração do prefeito, sobre os projetos estratégicos (quando há, pois tem sido coisa rara em nossa região), sobre as políticas de promoção social, enfim- fica empobrecida a gestão do conhecimento pedagógico da coisa pública. O Ministério Público local (seja de qual for a cidade) precisa romper com a timidez operacional e fazer valer os direitos da população. O contrário disso, pode ser chamado de qualquer coisa, menos de Audiência Pública. E a nossa região tá mal na foto.
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26/09/09 - 09h55min. - adelsonpimenta@ig.com.br