Não disponho de qualquer elemento de fato às mãos para poder fazer tal contestação, nem para evoluir com uma crítica com viés mais analítico- senão com a experiência de há alguns anos lidar diretamente com debates públicos e análise, quando se é possível, de Orçamentos Municipais. Conquanto, sou autor deste Modesto 'Blog de Opinião', e não posso simplesmente assistir passivamente a apresentações de considerações orçamentárias de alguns prefeitos que, a meu ver, superestimam os quantitativos financeiros. Releiam o princípio desta NOTA, é passível de distorções, mas isso nem mesmo os autores dessas declarações pessimistas podem me contestar- pois também trabalham sob estimativas, com a diferença de estarem de posse dos documentos. Eu não. O prefeito de Ilhabela, TONINHO COLUCCI, estima uma queda de R$ 13 milhões; e o de São Sebastião, ERNANE PRIMAZZI, de R$ 30 milhões- com os royalties.; e o prefeito de Angra. TUCA JORDÃO, estima qualquer coisa perto de R$ 50 milhões. Vários fatores podem e devem ser considerados na confecção dessa análise, principalmente a queda vertiginosa nos preços internacionais do barril do petróleo; entretanto, tenho motivos para desconfiar que essas projeções estejam muito além da capacidade real de arrecadação- em andamento. É, por enquanto, só uma cisma- mas que torno pública e sustento, até que os números de fato- e não os oficiosos, me permitam chegar ao mesmo entendimento dos senhores prefeitos. Por fim, receio que falar simplesmente dessa fonte de arrecadação -onde as estimativas pecam mesmo pelo exagero- e, ao mesmo tempo, desconsiderar outras importantes fontes, tais como o ISS e o ICMS, é jogar pra galera. Ou seja, suspeito que uma coisa esteja -de algum modo- compensando a outra. Isso, na prática quer dizer o seguinte, que -mesmo havendo declínio numa fonte e, em havendo retomada noutras- a perda pode não se elevar aos patamares de crescimento estimado de um ano para o outro, que varia entre os municípios entre os percentuais de 4,6% a 6,5%. Nesse caso- hipoteticamente repetindo -em última instância- o Orçamento do exercício financeiro anterior. Cá pra nós, nada desprezível, ao menos pra Angra e São Sebastião. Logo, fiquemos de olho, para que isso não sirva para justificar letargia ou inércia no fim do mandato. É o que penso!
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23/09/09 - 01h38min. - adelsonpimenta@ig.com.br - blog