quarta-feira, 23 de setembro de 2009

PERDAS ANUNCIADAS PODEM ESTAR SUPERESTIMADAS

Não disponho de qualquer elemento de fato às mãos para poder fazer tal contestação, nem para evoluir com uma crítica com viés mais analítico- senão com a experiência de há alguns anos lidar diretamente com debates públicos e análise, quando se é possível, de Orçamentos Municipais. Conquanto, sou autor deste Modesto 'Blog de Opinião', e não posso simplesmente assistir passivamente a apresentações de considerações orçamentárias de alguns prefeitos que, a meu ver, superestimam os quantitativos financeiros. Releiam o princípio desta NOTA, é passível de distorções, mas isso nem mesmo os autores dessas declarações pessimistas podem me contestar- pois também trabalham sob estimativas, com a diferença de estarem de posse dos documentos. Eu não. O prefeito de Ilhabela, TONINHO COLUCCI, estima uma queda de R$ 13 milhões; e o de São Sebastião, ERNANE PRIMAZZI, de R$ 30 milhões- com os royalties.; e o prefeito de Angra. TUCA JORDÃO, estima qualquer coisa perto de R$ 50 milhões. Vários fatores podem e devem ser considerados na confecção dessa análise, principalmente a queda vertiginosa nos preços internacionais do barril do petróleo; entretanto, tenho motivos para desconfiar que essas projeções estejam muito além da capacidade real de arrecadação- em andamento. É, por enquanto, só uma cisma- mas que torno pública e sustento, até que os números de fato- e não os oficiosos, me permitam chegar ao mesmo entendimento dos senhores prefeitos. Por fim, receio que falar simplesmente dessa fonte de arrecadação -onde as estimativas pecam mesmo pelo exagero- e, ao mesmo tempo, desconsiderar outras importantes fontes, tais como o ISS e o ICMS, é jogar pra galera. Ou seja, suspeito que uma coisa esteja -de algum modo- compensando a outra. Isso, na prática quer dizer o seguinte, que -mesmo havendo declínio numa fonte e, em havendo retomada noutras- a perda pode não se elevar aos patamares de crescimento estimado de um ano para o outro, que varia entre os municípios entre os percentuais de 4,6% a 6,5%. Nesse caso- hipoteticamente repetindo -em última instância- o Orçamento do exercício financeiro anterior. Cá pra nós, nada desprezível, ao menos pra Angra e São Sebastião. Logo, fiquemos de olho, para que isso não sirva para justificar letargia ou inércia no fim do mandato. É o que penso!
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23/09/09 - 01h38min. - adelsonpimenta@ig.com.br - blog