Não posso permitir que o esquecimento sirva de abrigo ou esconderijo para um assunto que é vital para a saúde orgânica dos cofres públicos angrenses. Sob a égide da atual concessão (mantida por acordos informais, sob prazos e regras expirados), a manutenção das atividades operacionais da Cedae conflitam abruptamente com os interesses sócio-econômicos da municipalidade. Protegendo a verdade sob barricadas reforçadas, uma releitura sobre a concepção original do SSAE dará ao que procura a certeza da falta de zelo com a coisa pública. É perceptível a falta de cuidado que houve quando se formalizou esse modelo de gestão, e fica contraditório quando se percebe não ter havido momento melhor para que tivésse sido o maior acerto. Feito este registro, é preciso avançar e está nas mãos do atual prefeito, TUCA JORDÃO, a responsabilidade de pôr o dedo e remediar essa ferida. Em meu modesto entendimento, há cuidados políticos em demasia, e as ações do Estado tem sido de virulência jurídica sobre os interesses municipais como, por exemplo, a alteração da legislação que protege a Ilha Grande, onde terminou ficando o município com mais poder legal- pois é mais restritivo, mas com outra batata quente nas mãos. A percepção desse aquinhoamento do município tem feito com que o Estado empurre contra a parede os interesses locais. O SAAE foi concebido à ser deficitário em se mantendo o atual 'status quo', e a Cedae aumenta a curva negativa nesse nosso extrato social. É preciso agir, pra ontem.
-