sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

ANGRA: NÃO PRESCREVE POLITICAMENTE A GESTÃO PASSADA

Muitas versões serão apresentadas doravante aos fatos à serem narrados como lembrança (justa) pela aplicação dos recursos públicos nas gestões  passadas, em Angra- especialmente (como se lê e vê nas diversas mídias regionais e nacionais)- em relação ao governo do ex-prefeito FERNANDO JORDÃO (pretenso candidato a deputado federal no próximo pleito), que foi eleito prefeito pelo PDT, passando pelo PSB e finalmente migrando para o PMDB- sempre à cabo (publicamente assumido) dos mesmos caminhos -até então- percorridos pelo antigo aliado e ex-governador do Rio, GAROTINHO (este, hoje filiado no PR). Nas duas gestões de FJ, numa soma feita às avessas dos números oficiais senão por vaga memória quanto aos dados, foram geridos qualquer coisa em torno de R$ 2,5 bilhões de orçamento; sem o comprometimento oficial de qualquer emenda orçamentária substancial dos vereadores (a base aliada sempre foi construída em maioria pelo Governo). Nesta evolução analítica, não se pode deixar esquecer que FJ teve ainda a margem de folga de 30% de liberdade para remanejar os recursos. De todo esse montante, sinceramente não tenho em mente (terei de oportunamente -se necessário- recorrer às muitas anotações que mantenho em arquivo), qual foi a quantidade reservada para os investimentos e, baseado nessa planta, qual foi e o por quê do acúmulo de custeio corrente, dentro do que fora definido em escala de prioridades pelo Governo. O certo é o seguinte, me esgoelei solitariamente alertando para a necessidade de se atentar para intervenções urbanas e ambientais, apresentei um estudo denominado 'Geo-Cidades'- ignorado, participei da batalha pela impantação do geoprocessamento, apoiei a Força-Tarefa criada para corrigir passivos urbanos e ambientais, além de ter ofertado minha modesta contribuição crítica e propositiva nos mais diversos fóruns de debate e meios midiáticos. Mas o ex-prefeito FJ não entendeu minhas considerações como prioridades, e direcionou seu governo para outras plantas de investimentos. Hoje, mais do que nunca, me sinto com motivação redobrada para insistir que administrar é ousar na preservação da vida humana, e isso não se dá sem planejamento urbano e agenda ambiental. Não trato aqui de culpa, não tenho autonomia para julgar tais eventos, até por que se acharem um culpado pela tragédia- esse deve ser processado por genocídio em Corte Internacional. E isso é demais pra mim. Mas trato aqui de continuar franqueando minha conhecida opinião, a de que sem debate não há democracia.
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23h40min.                 -                   adelsonpimenta@ig.com.br