ARTIGO
(Plubicado hoje no 'Estadão)
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Os escorregamentos que afetaram a região de Angra dos Reis (RJ) chamaram a atenção pelo impacto emocional, porém trata-se de um problema recorrente. Há pouco tempo processos similares assolaram a região de Blumenau-Itajaí (SC). Dificilmente transcorre um período chuvoso sem que escorregamentos interrompam estradas, derrubem casas e provoquem mortes na Região Sudeste. O que há de comum nessa região é o relevo acidentado e as chuvas intensas, em ambos os casos, decorrentes da formidável muralha da Serra do Mar e, entre São Paulo e Rio, da sua irmã, a Serra da Mantiqueira. Em muitos locais dessas serras as encostas têm forte inclinação e a vegetação original, constituída por densa floresta, foi removida e substituída por pastagem ou vegetação secundária, estradas foram construídas e os morros foram ocupados por barracos, casas, barracões e até mesmo prédios. Esses fatores, encostas de forte declividade e ocupação humana, associados a chuvas contínuas e intensas, têm papel determinante na deflagração da maioria dos escorregamentos. Eles vêm sendo estudados desde o início da década de 1950, depois que foram construídas as primeiras usinas hidrelétricas de Cubatão (SP) e Nilo Peçanha (RJ), ambas atingidas por escorregamentos.
Luiz F. Vaz
Geólogo, professor convidado do
Instituto de Geociências da Unicamp,
é presidente da Associação
de ex-alunos de geologia da USP.
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