Aos generosos leitores dos mais diversos lugares do país , bem como os contumazes do exterior, que gentilmente atribuem a este blog uma fração de seu tempo para dividir esta leitura, saibam que a gestão angrense passada construiu um banheiro público no centro da cidade que consumiu algo em torno de R$ 1 milhão. Diz-se ser para atendimento ao novo portfólio turístico buscado pelo município. Cabem ressalvas e pesados questionamentos. Mas, mesmo tendo havido paralisação judicial da obra por ações denunciatórias no MP, a Prefeitura conseguiu executar o projeto em sua totalidade. E consta já estar em pleno funcionamento. Muito bem, feito essa leitura, há reclames de que neste carnaval foram postos banheiros químicos às expensas do banheiro milionário para suprir a demanda foliã. Bastou. A polêmica dissertiva reacendeu-se. Eu, como membro assíduo do observatório local e narrador atrevido do cotidiano coletivo não me furtaria a emprestar a esse debate a minha modesta opinião. Qual seja: Creio que a prefeitura de Angra precise explicar melhor sob qual modelo de utilização se dará este banheiro milionário. Estamos falando de um investimento inusual para essa finalidade; logo, todos os questionamentos cabem. E mais, os banheiros químicos, certamente servirão à demanda carnavalesca; mas, por que essa engenharia sanitária não atendeu a outros pontos de circulação dos foliões pela cidade, visto que ali ao lado há banheiros recém inaugurados que, pelos valores apresentados, tem capacidade para suprir uma parcela significativa dos usuários? Ou não tem essa projeção? De modo que, fica o governo angrense com o dever de explicar melhor o seu projeto carnaval, com destaque para essa questão crítica envolvendo os banheiros que tem consumido muitos recursos públicos.
Obs) A foto foi extraída do Jornal 'O Dia' dos novos mictórios utilizados neste carnaval no Rio de Janeiro.
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