O que trato agora não representa, principalmente para quem de alguma forma é do meio, qualquer novidade, mas hoje narro o que está acontecendo de forma mais intensificada. As direções estaduais dos partidos políticos (e aqui não há muita distinção entre esse ou àquele) exercem tremenda pressão política sobre seus vereadores para que se lancem candidatos à Câmara dos deputados ou pra a Assembléia Legislativa. As últimas regras eleitorais, muito embora não tenham tido força para alterar significativamente o quadro de disputas, trouxe a necessidade de maior presença da legenda nas urnas, e outro motivo que se soma a esta dificuldade é sempre o aumento natural do número de eleitores- que termina forçando um aumento considerável no quoeficiente de legenda. Por conta desses eventos, vias de regra, o plano A de cada partido é sempre disfarçadamente a reeleição dos que estão no exercício do mandato, mas o aumento de cadeiras na proporcionalidade representativa é também sempre um alvo buscado. Em Angra, por exemplo, os vereadores AGUILAR RIBIEIRO e ZÉ ANTONIO, ambos comunistas, já receberam o flerte do partido para que se lançassem; a vereadora VILMA DOS SANTOS (PRB) decidiu aceitar a regra do jogo partidário e se dispôs ao enfrentamento; o vereador MANOEL PARENTE (PHS) recebeu algumas visitas e muitos telefonemas dos caciques da legenda, mas declinou; o vereador LEANDRO SILVA (PR) foi motivado pelo seu padrinho na legenda, mas declinou -dentro de uma articulação encabeçada pelo GAROTINHO, para que AURÉLIO MARQUES representasse a legenda local na disputa. MARCO AURÉLIO (DEM), hoje licenciado do mandato para ser secretário de meio ambiente do município, também teria recebido sondagem, declinando. Enfim, o que não se sabe ainda é se, abrindo mão do convite e da pressão do partido, terão margem para apoiar candidatos de outras legendas. Eis aí a fidelidade partidária. Será?
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