sábado, 20 de fevereiro de 2010

REPRESENTATIVIDADE PROPORCIONAL EM 2012 (Parte II)

Dando sequência a este assunto- tão apaixonante, precisamos estabelecer algumas contas. Caso optem pela alteração na Lei Orgânica Municipal, os vereadores angrenses proporcionarão um desenho para o novo cenário do poder que, em tese, dará maior força política para a situação no próximo jogo do poder. A que se considerar nessa equação também o fato de que os atuais gestores de mandato perderão considerável concentração de poder hoje existente. Se a composição da próxima legislatura tiver 19 cadeiras (previsto, em caso de alteração da L.O), os partidos políticos terão que apresentar o n° de cadeiras atuais mais 50%, e as coligações- mais 100%. No atual período a Câmara conta com 75% de renovação, em relação ao exercício anterior. Para a oposição, não interessa hoje que seja promovida a alteração, por que -em tese- a 'situação' teria ainda mais poder com a eleição de mais aliados. Esse raciocínio se dá pela força natural de quem ocupa a máquina. Os atuais vereadores, por sua vez, também não se mostram muito simpáticos a mudança, visto que perderiam peso no jogo, franqueando espaço para novos atores e quiçá novos partidos. Para que essa alteração seja aprovada é preciso (salvo engano) de 2/3 dos votos. O Governo (que tem força suficiente para articular essa agenda) nunca se pronunciou sobre o assunto, e é natual que assim proceda. Portanto, entendo que á pressão dos suplentes e de gente boa de voto que ficou de fora deverá ocorrer em breve, mais precisamente após a Copa do Mundo e às portas das eleições para deputado. De qualquer sorte, está aberto o debate para que a sociedade leitora deste blog possa se posicionar acerca do tema, que tornarei a abordar aqui- em breve.
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23h55min.                    -                     adelsonpimenta@ig.com.br