O advogado KLÉBER MENDES (Angrapol), trouxe à baila um viés inteligente para a prosa no que concerne a discussão quanto aos possíveis culpados pelas tragédias ocorridas nos municípios do estado do Rio, principalmente, pelas chuvas. O dedo não pode ser direcionado para um só ator, para um só lugar. Governantes, entidades sociais, movimento comunitário organizado, partidos políticos, setores produtivos, comunidade científica, intelectuais, autoridades policiais e judiciais, devem dividir essa conta amarga, por que de algum modo houve omissão nalgum ponto de um ou outro, senão de todos. Uma cidade não pode abdicar de rever constantemente seu Plano Diretor; de cuidar de seus mananciais; de debater a mobilidade urbana; enfim, de entrar à fundo nessa questão da ocupação do espaço territorial. Os investimentos públicos devem servir para a construção de políticas públicas sólidas, mas não desacompanhadas de diagnósticos prévios sérios e bem formulados tecnicamente, com todos os possíveis riscos dimensionados e com todos os dados cartográficos e geológicos devidamente georeferenciados. Não vou cirandar com a irresponsabilidade de opinar sobre fatos específicos agora, mas concordo com o autor do blog de referência quando clama todos os setores da sociedade à responsabilidade sobre a coisa pública, sendo com cada um dentro de sua esfera de atuação. Finalmente, só para me ater agora no caso angrense, já disse e reiterei que o município pecou por não promover uma 'Conferência da Cidade'. Boa essa, põe o debate no eixo correto.
-
00h33min. - adelsonpimenta@ig.com.br
