Os resíduos sólidos constituem uma agenda inescapável para os municípios do Litoral Sul Fluminense, e não há como se ater a subtefúrgios. A matéria requer enfrentamento direto. Não cabe postergar, o tempo urge. É necessário que os governantes patrocinem imediatamente esse debate. O aterro sanitário controlado de Angra já está com seus prazos expirados e com sua capacidade operacional em xeque. Houve uma iniciativa em que se pensava uma solução para essa questão, quando recentemente foi assinado um 'Protocolo de Intenções' (sabe-se lá que coisa é essa), mas não progrediu. E, do jeito em que foi proposto, não logrará êxito mesmo. Pois bem, passado algum tempo desde o evento em que o Estado, por intermédio da secretaria estadual de meio ambiente, buscou articular a viabilização desse 'Consórcio Intermunicipal', a conta não fecha. O prefeito de Paraty acha longe e de custo alto, e mantém um lixão clandestino em suas expensas. O prefeito de Mangaratiba não desce do muro. O prefeito de Rio Claro, cada vez que é questionado, pede mais tempo para avaliar melhor o negócio. O prefeito de Angra não aceita óbviamente pagar essa fatura sozinho. Então, por hora, babou. Acontece que, penso eu, essa história não pode ficar à mercê da vontade do prefeito de plantão. A constituição de um planejamento técnico-econômico; a definição de um plano municipal de resíduos sólidos; a instrução de um plano diretor municipal; bem como a realização de uma planta georreferenciada de reordenamento urbano, precisam estar urgentemente na pauta do dia. O secretário de meio ambiente de Angra, MARCO AURÉLIO, disse a este blog que defende uma usina de incineração, mas adiantou que sua idéia não encontra eco entre as demais autoridades da região. Penso, finalmente, que o Ministério Público precisa reunir as condicionantes que julgar pertinentes e franquear um diálogo regional para a busca de uma solução. Isso, pra ontem. Voltarei a falar mais sobre este assunto.
-
20h32min. - adelsonpimenta@ig.com.br
