domingo, 13 de junho de 2010

A NOTA DO RABELLO

Na atual edição do periódico angrense "Maré Alta" (11/06), a coluna de opinião do jornalista JOÃO CARLOS RABELLO, denominada por "Papo de Esquina", traz um recorte sob o título "Avestruz com Bacalhau", que impresssiona pelo denuncismo sobre "supostos" atos secretos, irregularidades administrativas e contratos superfaturados na Câmara Municipal da cidade. Em tempos modernos isso não pode ser dado por pouco. É tácita a percepção de que a redação está na busca invariável pelo prejuízo moral da vereadora VILMA DOS SANTOS (Presidente da Casa), além da atuação da própria Mesa Diretora. Resolvi comentar essa passagem por entender que o conteúdo proposto pelo escritor é vazio em consistência quando nem mesmo  há o indicativo de que tais informes tenham partido de alguma fonte do jornal, senão a frágil referência de uma tal "boataria"; o que convenhámos- é pouco. Boato e especulações são ingredientes que mais se encontram fortuitamente pelas ruas, mas daí a levar à cabo e dar vida num editorial de um tradicional semanário da cidade pelo simples desserviço de ter privatizado os ouvidos a conversas estranhas sem fundamentação jurídica ou comprovada, cheira a campanha política extemporânea por prejuízo de um, em benefício de outro; quiçá velada campanha generalizada contra a Câmara . Conhecendo um pouco a capacidade profissional do jornalista RABELLO me permito a pensar que esteja de posse de algum documento formal ou informação testemunhal de real peso para se permitir a tal descrição, e que os tenha guardado para algum momento que julgar oportuno, pois sua NOTA é de uma "acusação" inusual. Há, segundo o jornalista, uma intimação do MP para que a vereadora informe sobre contratos de informática na ordem de R$ 2 milhões, e que a mesma não teria atendido a reportagem de seu veículo. Tais informações devem ser sim prestadas e da forma mais transparente possível. Concordo. 

Pois bem, como em tudo isso há o envolvimento dos interesses públicos, sugiro a Mesa Diretora da Câmara que ao mesmo instante em que responde ao MP,  conceda também uma entrevista coletiva ou emita uma NOTA OFICIAL acerca do assunto, de modo a desanuviar o ambiente de dúvidas que se tenta construir no município. No mais, sugiro também ao jornalista que decline sobre suas suposiçõe e que vá à fundo em sua reportagem investigativa e não a declaratória meramente, pois tais ilações terminam por propiciar um clima social beligerante e perigoso. Quando o jornalista diz que não está condenando ninguém, não o faz por que tal expediente não está em sua alçada; mas acerta quando cobra apuração firme dos fatos, e erra quando- para formular este pedido principia apontando o dedo no escuro sobre suposições geradas em "boataria". É imperioso que haja um pronunciamento oficial da Casa de Leis de Angra, esmiuçando à fundo tais implicações descritas pelo jornaliosta o mais breve possível. Confessadamente estou estarrecido com o que li. É imprescindível que as dúvidas sejam sanadas e só a verdade permaneça em pé.
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20h46min.          -               adelsonpimenta@ig.com.br