O leitor e amigo Pastor PEDRO LUCENA (membro da diretoria do Conselho de Pastores de Angra dos Reis -CPAR), escreveu pelo e-mail em resposta ao blog 'Sacerdote', e encaminhou cópia para este blog também. Me permito a publicá-lo por entender ser ingrediente do debate que está posto na sociedade acerca do evento 'Angra Expo Cristã'. Óbviamente, que o Pastor LUCENA responde aos questionamentos formulados pelo blog 'Sacerdote', mas escreve enquanto Pastor da Igreja Evangélica Assembléia de Deus do Parque Belém e não pelo CPAR. Eu faria algumas considerações, mas o propósito do e-mail é responder a outro blog; logo, prefiro agurardá-lo se posicionar. Assim se constrói um debate sadio.
E-MAIL RECEBIDO
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Vamos lá. O que quero expressar aqui representa meu ponto de vista pessoal e não uma posição oficial do CPAR. Esse debate que está sendo levantado agora já foi exaustivamente explorado no passado e estava no centro de uma disputa política. Os ânimos se exaltaram e muitos pastores de caráter e honra indubitáveis acabaram sendo ofendidos e destratados publicamente. O que se questiona é a gestão do dinheiro público. Quanto foi gasto? Com o que foi gasto? Na época, houve algumas tentativas de prestação de contas extra-oficial (digo extra-oficial porque a prestação de contas oficial na época foi feita à Prefeitura e aprovada pelo Tribunal de Contas do Estado), mas ainda assim os ânimos não se acalmaram e o resultado foi muito ruim para o CPAR, inclusive causando o pedido de desligamento de alguns pastores, ou por se sentirem ofendidos ou por não concordarem com a situação. Estou falando como um observador dos fatos, pois não integrei em nenhum momento a Comissão Organizadora da Angra Expo. O que posso dizer em defesa do Conselho de Pastores (CPAR) é que as contas foram auditadas pela Controladoria do Município e aprovadas pelo TCE. Não tenho conhecimento dos números mas creio que essa informação deve estar disponível na contabilidade da PMAR. Por tudo que expus acima, fui o principal defensor do desmembramento da Angra Expo do Conselho de Pastores (não que seja contra a Angra Expo), mas para evitar cisões e feridas internas.
Tentando responder suas perguntas:
1) Acho que o CPAR organizou a Angra-Expo em 2006 e 2007, não tenho certeza.
2) Não tenho conhecimento do valor pois não participei da comissão em nenhum evento. Fala-se em algo em torno de R$ 600 mil reais por evento.
3) Me reservo o direito de não citar os nomes dos Pastores da Comissão Organizadora. (Mas não é muito difícil você ter essa resposta, é só pesquisar no Google “Angra Expo 2007” ou 2008, etc.)
4) Sim, mas aos órgão competentes, conforme expus acima.
Gostaria de dizer algo mais que muito me preocupa: Com o acirramento dos debates, questões de interesse pessoal podem se sobrepor ao real interesse na transparência, causando feridas difíceis de serem curadas e só causando prejuízo à imagem do Evangelho, que já anda tão achincalhado por conta de pessoas inescrupulosas que só buscam o proveito próprio. Que busquemos a verdade sim, mas com todo o esmero e cuidado que o Reino de Deus merece, para não causarmos um dano maior. Me preocupa também o fato de, exclusivamente a Angra Expo ser alvo de tantas suspeitas, principalmente por parte de pessoas do próprio meio (ou seja, por parte de evangélicos). Acompanho os blogs rotineiramente e não vejo essa preocupação com: Festival de Música da Ilha Grande, Carnaval, Fita, Quadrilhas, etc. Ninguém quer saber quanto foi gasto de dinheiro público em cada um desses eventos? Ninguém cobra prestação de contas pública dos gestores dessas verbas?
Como dizem as escrituras:
"Propôs-lhe outra parábola, dizendo: o reino dos céus é semelhante ao homem que semeia boa semente no seu campo; mas, dormindo os homens, veio o seu inimigo, e semeou joio no meio do trigo, e retirou-se. E quando a erva cresceu e frutificou, apareceu também o joio. E os servos do pai de família, indo ter com ele, disseram-lhe: Senhor, não semeaste tu no teu campo boa semente? Por que tem então joio? E ele lhes disse: um inimigo é quem fez isso. E os servos disseram: queres pois que vamos arrancá-lo? Porém ele lhe disse: Não; para que ao colher o joio não arranques também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa; e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: colhei primeiro o joio, e atai-o em molhos para o queimar; mas o trigo ajuntai-o no meu celeiro". (Mateus, 13, 24 a 30). Não tenham minhas colocações com “ranso” nem “raivosa”, mas apenas como a expressão de meus pensamentos. Nem ainda me sinto dono da verdade, mas apenas um contribuinte para que esse debate se torne cada vez mais salutar.
Grande Abraço,
Pr. Pedro Lucena
Pastor da Igreja Evangélica Assembléia de Deus do Parque Belém
http://www.parquebelem.ad.tv.br/-
18h50min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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