ANÁLISE POLÍTICA
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O quadro político em Angra está indefinido no que diz respeito a oposição. As composições partidárias a partir de costuras nacionais e acordos estaduais, o que menos se perguntou foi sobre os interesses locais. Registra-se, publica-se e cumpra-se. Simples assim. Embora haja uma composição na Câmara Municipal que tem 3 cadeiras petistas, de suposta oposição- o que se vê são amarras partidárias que no mínimo enfraquecem a contragosto as ações individuais, que creio que os parlamentares gostariam de tomar. O PMDB é aliado do PT. Devido ao fato de o governo ser cada vez mais forte (a máquina é poderosa) e articular em seu favor, resta pouco espaço de manobra para a oposição. Nesse sentido, no que diz respeito a representação parlamentar, nas próximas eleições a oposição corre sério risco de diminuir.
Me refiro ao PT diretamente -por ser o único partido -em tese oposicionista- que elegeu vereador e, como já relatei em análise direta sobre a legenda, seus quadros remanescentes no município estão à procura de uma nova identidade. Diversos fatores podem ser apontados para esse declínio, mas entre eles não pode faltar a perda de lideranças históricas da legenda, a falta de combatividade política de sua então temida militância e os acordos feitos "por cima", que terminam por desestimular na base. O movimento eclesiástico desgarrou-se, o popular sucumbiu, o sindical ficou mais independente, enfim. Há todo um ambiente sendo criado para o surgimento de novas lideranças com discurso mais à esquerda, mas também não está ao alcance dos olhos uma estrutura suficiente para o embate, e a própria divisão -perfeitamente possível entre os da esquerda- enfraquece o lado. Não será tarefa das mais fáceis a composição da oposição nas eleições de 2012. E isso é péssimo para o jogo democrático. Salvo eventos extraordinários, a oposição demorará a se levantar, se permanecer imóvel em sua militância, silenciosa em suas ações, e desunida em suas bases. Eis aí o desafio da oposição!
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01h20min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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