Desde ontem (3) que me intriga muito essa discussão. Confesso minha falha em não estar acompanhando mais amiúde o desenrolar desde o princípio desse processo, mas a forma veemente com que o vereador angrense ZÉ ANTONIO (PCdoB) defendeu proposta contrária e tendo cabalado apoio de seus pares, inclusive tendo sido aprovada a proposta da vereadora LIA (PT) de se criar uma Comissão Especial do Legislativo para acompnhamento do caso e até a busca de uma agenda com o governador CABRAL (PMDB), serviu como um grito de alerta. Me interessei muito pelo debate e fui procurar o vereador ZÉ ANTONIO para conhecer melhor o teor de sua discordância. Segundo ele, "os almofadinhas da Barra da Tijuca só querem vender terrorismo à humilde população ilhéu do Aventureiro, criando uma lei absurda que só servirá para se apropriar de suas casas e seus espaços,mas asseguro que encontrarão resistência desta Casa"
No auditório do CEA, foi realizada na terça-feira, 31, uma reunião pública sobre a proposta de implementar uma Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) na Enseada do Aventureiro, (Ilha Grande). Segundo nota oficial, os trabalhos foram conduzidos por representantes da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Procuradoria-Geral do Estado e Ministério Público Federal. A mudança está tramitando na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), através do Projeto de Lei 3.250/2010. Os deputados estaduais vão votar a alteração do limite da Reserva Biológica da Praia do Sul e mudar a categoria do Parque Estadual Marinho do Aventureiro, para que seja criada a Reserva de Desenvolvimento Sustentável.
A alteração de reserva biológica para RDS, de acordo com o Inea, irá permitir legalmente a presença dos moradores tradicionais do Aventureiro. “Essa categoria atual, reserva biológica, não permite nem a presença humana na área. Por isso, há a proposta para a RDS”, afirma o gerente de Unidades de Conservação de Uso Sustentável do Inea, Daniel Toffoli. Ele explica que a ideia para a transformação existe desde 1996, quando começaram os trabalhos de prestar informações à comunidade sobre os benefícios que poderão surgir. Ainda segundo o vereador ZÉ ANTONIO, para que a lei exista é preciso que a comunidade local consinta, e terá de haver demolições de casas de muitos moradores, ao que enfatiza: "quero ver quem vai defender isso". Como se vê, a polêmica está instaurada, e minha expectativa é a de sempre, a de que não haja prejuízos ao honrado povo do Aventureiro. De olho no debate!
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08h20min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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