Não soa um termo muito familiar este de "bandeira partidária", mas -em suma- requer para sua etimologia política um conjunto de iniciativas programáticas com os quais se identifica e invariavelmente defende. Ou deveria ser assim, ao menos. Não tem sido, e isso é fato. Desde as grandes alianças nacionais entre os partidos, passando pelas questões estaduais e finalmente caindo no colo dos municípios. Enfim, bastar espiar e sacar logo, mas o papo aqui tem outro viés. Veja, desde a construção previa das alianças entre as agremiações, quando os partidos se coligam nas eleições pela concorrência a cadeira majoritária e também as eleições proporcionais, o que se tem visto é o pragmatismo, nalguns casos o oportunismo ou o aluguel de siglas, menos as questões das "bandeiras"; ou seja, dos programas. Ainda assim, entendo que é sempre momento aceitável de se levantar e fazer acontecer.
Fecho com essa fase, a de que o município angrense passou por grande abalo material com a consequências das fortes chuvas, e mais recentemente com os sísmicos morais, e não me recordo de ter visto qualquer partido se reunir com objeto específico de construir soluções, de apresentar deliberações em favor da municipalidade, de articular suas bancadas na Câmara Municipal -quando as tem, pelas emendas orçamentárias que resgatem o conteúdo de suas atas, ou qualquer outra iniciativa que o valha. Lá uma vez ou outra vejo um presidente de partido se pronunciar pela instituição, e quando esporadicamente o faz -tem sido em caráter solitário. Não vejo os líderes oposicionistas falarem em nome de decisões tomadas por seus partidos à partir de eventos que tivéssem buscado respostas às demandas. Então pergunto: e as bandeiras partidárias?
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23h36min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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