segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A ESCOLHA DO MENSAGEIRO

Quando nas últimas eleições americanas a imprensa tomou partido em seu editoral, por exemplo, com o 'The New York Times' declarando apoio ao então candidato OBAMA, entre outros casos, muita gente estranhou. Mas essa é a democracia. Neste pleito brasileiro, por exemplo, o 'Estadão' se disse SERRA, e a revista 'Carta Capital' vai de DILMA, e assim por diante. Ou seja, enquanto setores da grande mídia nacional -os mensageiros das informações, que devem ser objeto de domínio público, e feito às claras- começam a publicizar suas escolhas políticas, mas isso não tem servido de desestímulo aos leitores; ao contrário, vendem muito. Me pergunto: por quê vendem tanto? Concluo, sem a certeza de estar certo, que isso não é fenômemo e sim uma tendência. Veja, ao declarar-se em sua escolha os veículos de comunicação, nestes casos, não deixam de transmitir os informes com a seriedade por que sabem que em jogo está a 'credibilidade'. É isso que não se pode perder. Revistas e compilados de artigos (ainda que hospedados em provedores da grande mídia) com maior grau de "autores independentes" (digo, daqueles que -em tese- não são ligados trabalhista ou comercialmente a nenhum desses grandes meios de comunicação), embora tomem o cuidado de não se pronunciar quanto as suas escolhas, contribuem com seus ensaios críticos que não tomam lado, senão o sociológico. Por exemplo, a 'Revista Piauí', o 'Le Monde Diplomatique Brasil', e a 'Revista Caros Amigos'. Nesse sentido, eu entendo que está às portas o tempo em que os setores menores e interioranos da mídia também assumirão "o seu lado", e creio ainda que farão isso sem se permitir o comprometimento do conteúdo à ser informado. Eu creio, e espero não estar sendo tão ingênuo.
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22h42min.         -        adelsonpimenta@ig.com.br 

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