Lendo o artigo escrito no 'Estadão' de ontem (14), de autoria de TIMOTHY GARTON ASH, historiador e analista britânico, sob o título "Nobel a opositor chinês foi a escolha correta", foi quando pude então me familiarizar um pouco mais com essa questão do atual Nobel da Paz, tão extraordinariamente polêmico. Olha, a leitura é fascinante pelo que nos reporta de conhecimento. O autor afirma categoricamente que o Comitê norueguês foi corajoso ao conceder o Prêmio Nobel da Paz ao dissidente LIU XIAOBO, mas que o ato simbólico atinge o ponto mais sensível de Pequim e certamente terá resposta. O artigo deve ser lido por todos pela urgente necessidade intelectual que traz consigo.
Em certo trecho, escreve assim o articulista:
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"... Por mais de vinte anos, ele lutou consistentemente por mudanças não violentas na China, sempre na direção de um maior respeito aos direitos humamos, de um estado de direito e da democracia. Por sua defesa pacífica, pagou com anos de prisão e perseguição. Ao contrário do vencedor do ano passado, BARACK OBAMA, agraciado com o Nobel da Paz pelo que prometeu fazer, LIU recebeu o prêmio este ano pelo que realmente fez.
As autoridades chinesas tentaram ao máximo impedir que ele recebesse o prêmio. Ameaçaram diretamente ao Comitê do Nobel de consequências negativas para as relações entre China e Noruega. Qualificaram o prêmio como "obscenidade", proibindo qualquer menção a ele na mídia chinesa sob censura, colocaram a mulher de LIU em prisão domiciliar, detiveram outros intelectuais críticos do governo, cancelaram conversações marcadas sobre exportações de pescado da Noruega para a China. E agora, sem dúvida estão discutindo, no mais alto escalão, o que fazer. Por exemplo, devem permitir que a mulher dele, LIU XIA, viaje a Oslo para receber o prêmio em nome do marido preso? ..."
Reitero, a história é fascinante e a narrativa emprega o realismo do ato.
Leiam também todo um contexto histórico de referência, clicando (aqui).
Boa leitura!
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12h34min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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