quarta-feira, 21 de setembro de 2011

CÂMARA TERÁ 14 VEREADORES EM 2013

Após um período de muitos discursos acalorados, muitas reuniões nos bastidores, muitos chutes nas canelas, muitos apertos de mão, enfim um acordo foi costurado entre os vereadores angrenses e fez subir ontem (20) à puta uma Proposta de Emenda a Lei Orgânica, consensual, determinando a quantidade de 14 vereadores para a próxima legislatura. Outras haviam sido apresentadas anteriormente. O Presidente da Câmara, que tem pretensões claras de reeleição tanto para a vereança quanto para a própria presidência do Legislativo no primeiro biênio da próxima legislatura (já que esta engenharia lhe proporcionaria melhores condições estruturais e institucionais, e maior volume político quando possivelmente tantará a eleição proporcional à Alerj), esticou a corda e minimamente -a meu ver- conseguiu manter as cadeiras em número par. Com isso, a possibilidade de ter seu voto em matérias mais polêmicas, quando o consenso é mais difícil, lhe dará maior margem prévia nas negociações e articulações junto ao Executivo. É uma leitura meio conspiratória esta minha, admito, mas estou compartilhando com vocês, meus generosos leitores, uma linha de raciocínio -há outras possíveis. Um cálculo quanto ao estimado quociente eleitoral deverá ser feito doravante, e a quantidade de candidatos à vereança por partido e por coligação também deverá ser pensada. Há em Brasília, todavia, a PEC 51/11  tramitando, de autoria do deputado EDUARDO CUNHA (PMDB/RJ), e ela muda o processo eleitoral -se aprovada. Em 03/09 postei, leiam -aqui-. No 'O Globo' de hoje', há uma 'nota' sobre uma reunião que acontecerá entre MICHEL TEMER e HENRIQUE FONTANA (relator da reforma política), entre outros atores, para discussão sobre a Reforma, quando o PT e o PMDB ensaiam consenso pelo financiamento público de campanha, mas com alterações nas regras das eleições proporcionais -nos moldes apresentados pela PEC citada. A bola está em jogo e novidades ainda podem acontecer. A votação do relatório final, elaborado pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS), estava prevista para ocorrer na comissão especial no dia 28 de setembro, mas, com o objetivo de construir um consenso, Fontana se dispôs a adiar a votação por até duas semanas. Será?
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10h37min.        -          adelsonpimenta@ig.com.br

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