Após um período de muitos discursos acalorados, muitas reuniões nos bastidores, muitos chutes nas canelas, muitos apertos de mão, enfim um acordo foi costurado entre os vereadores angrenses e fez subir ontem (20) à puta uma Proposta de Emenda a Lei Orgânica, consensual, determinando a quantidade de 14 vereadores para a próxima legislatura. Outras haviam sido apresentadas anteriormente. O Presidente da Câmara, que tem pretensões claras de reeleição tanto para a vereança quanto para a própria presidência do Legislativo no primeiro biênio da próxima legislatura (já que esta engenharia lhe proporcionaria melhores condições estruturais e institucionais, e maior volume político quando possivelmente tantará a eleição proporcional à Alerj), esticou a corda e minimamente -a meu ver- conseguiu manter as cadeiras em número par. Com isso, a possibilidade de ter seu voto em matérias mais polêmicas, quando o consenso é mais difícil, lhe dará maior margem prévia nas negociações e articulações junto ao Executivo. É uma leitura meio conspiratória esta minha, admito, mas estou compartilhando com vocês, meus generosos leitores, uma linha de raciocínio -há outras possíveis. Um cálculo quanto ao estimado quociente eleitoral deverá ser feito doravante, e a quantidade de candidatos à vereança por partido e por coligação também deverá ser pensada. Há em Brasília, todavia, a PEC 51/11 tramitando, de autoria do deputado EDUARDO CUNHA (PMDB/RJ), e ela muda o processo eleitoral -se aprovada. Em 03/09 postei, leiam -aqui-. No 'O Globo' de hoje', há uma 'nota' sobre uma reunião que acontecerá entre MICHEL TEMER e HENRIQUE FONTANA (relator da reforma política), entre outros atores, para discussão sobre a Reforma, quando o PT e o PMDB ensaiam consenso pelo financiamento público de campanha, mas com alterações nas regras das eleições proporcionais -nos moldes apresentados pela PEC citada. A bola está em jogo e novidades ainda podem acontecer. A votação do relatório final, elaborado pelo deputado Henrique Fontana
(PT-RS), estava prevista para ocorrer na comissão especial no dia 28 de
setembro, mas, com o objetivo de construir um consenso, Fontana se
dispôs a adiar a votação por até duas semanas. Será?
-
10h37min. - adelsonpimenta@ig.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário