segunda-feira, 7 de novembro de 2011

DERIVADOS DA DISCUSSÃO SOBRE O PROGRESSO DAS CIDADES

Referência: Postagem anterior:
("Dados e estatísticas precisam ser tratados à frio")

VARIÁVEIS URBANAS
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Conforme expus na postagem de referência, o crescimento há de ocorrer nas cidades das regiões praianas entre Espírito Santo, Rio e São Paulo, não tenho qualquer dúvida disso. Há reclames por parte de algumas cidades quanto a não contemplação no EIA-RIMA do Pré-Sal como área de influência -o que é perfeitamente justo- pois, sendo assim, as medidas mitigadoras não são estimadas no volume das coisas ligadas ao empreendimento; como há cidades que já estão contempladas nesse Estudo, mas quer discutir mais amiúde as condições dispostas pelos técnicos contratados para confeccioná-los; e ainda há uma terceira categoria -eu diria- que mesmo sabendo não estar contemplada e tendo ciência -o que é pior- de que já começa a sofrer as consequências desse poderoso mercado, se silenciam institucional e politicamente. Esta abordagem, porém, merece uma riqueza maior de detalhes, e não é necessariamente disso que traterei agora, e sim das variáveis urbanas.

Sul Fluminense:
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O município de Angra, que termina por ser compreendido como o centro da região, não está contemplado no Plano Diretor de Logística da Petrobras para as operações do Pré-Sal, podendo até estar no meio do caminho para algumas outras operadoras petroleiras, mas não tive acesso ainda a qualquer estudo que assim o demarcasse. Todavia, a anúncio oficial pelo governo do Estado e pela própria iniciativa privada, leia-se empresa 'Technip', de investimentos maciços num ousado projeto de ampliação do porto da cidade e com a construção de uma fábrica de tubos flexíveis (que, por hora, parece ter subido no telhado -à confirmar); além de empresas como a 'Camorim', que não pode passar desapercebidamente, já tendo esta comprado inclusive estaleiros particulares na cidade de reparos de embarcações pequenas, com um projeto de uní-los e formar um só estaleiro para operações de offshore de médio porte; além -é claro- da Petrobras com a construção de um centro de Tratamento de Efluentes (o que, a meu ver, enseja a leitura do aumento de participação nas atividades; e ainda, há questões tributárias que, a meu ver, o município precisa estar mais artento, sobre o quê hei de falar mais adiante); e os investimentos -por meio de contratos- buscados pelo estaleiro naval Brasfells.

Onde quero chegar com estes breves exemplos? Digo:_ em meu modesto entendimento, por mais que o EIA-RIMA do Pré-Sal tenha negligenciado com a localização octagonal da Ilha Grande (caso que precisa e deve estar sendo reclamado oficialmente pela municipalidade), os derivados do empreendimento já estão impactando o município e, por conseguinte, a região.
Exemplo:
A mesma exclusão aconteceu sobre as cidades da região do Litoral Norte Paulista, mas, na audiência pública do empreendimento realizada na Ilhabela (único município contemplado no estudo), as demais cidades da região peticionaram oficialmente sobre a exclusão, considerando-as a si próprias -ironicamente- como 'fantasmas' nos mapas apresentados pela equipe técnica que elaborou o EIA-RIMA. Fruto dessa investida:_ O Ibama acatou as reivindicações e determinou reavaliações no EIA-RIMA, inclusive suspendendo as demais audiências públicas -até que se resolvam as pendências.

É nesse sentido que digo que a Secretaria Municipal de Atividades Econômicas, penso eu, deve estar em parceria com a Secretaria Estadual dialogando sobre tais ações
. A prosa aqui é longa, mas o que quero reafirmar é que as vairáveis urbanas estão ocorrendo e, assim como os exemplos citados na postagem de referência, daqui a pouco (e isso é pra antes de ontem) pode ser tarde para se remediar. É o que penso!
É o jogo!
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15h55min. - adelsonpimenta@ig.com.br

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