sábado, 24 de março de 2012

O QUE O MINC FALA NÃO FAZ SENTIDO

Ouçam -aqui- a entrevista do Secretário Estadual de Ambiente do Rio, o petista CARLOS MINC, concedida em 24/03, à Rádio Costazul FM (Angra / 95,5 FM). Caso desejem, releiam -aqui- minha postagem feita logo após essa entrevista. A foto ao lado é de outra matéria do jornal 'O dia', que todos podem reler -aqui-
Agora, vou espichar um pouco mais essa prosa.

OPINIÃO
Ou as forças políticas, produtivas, sociais e empresariais de Angra se unem e se despertam 'URGENTEMENTE' e reagem contra essa covardia do Governo CABRAL, no que se refere principalmente a sua decisão unilateral de criar uma APA Marinha para a Ilha Grande -com perceptível intuito de restringir as áreas de operação do local, e de não autorizar o projeto de amplição do Tebig (Terminal da Petro em Angra), ou ficará num declínio econômico ante a evidente perda de sua capacidade competitiva num mercado voraz -que gera economia e busca espaços para se expandir. O discurso do Sr. CARLOS MINC, que se apresenta entusiasta desse 'roubo' do Governador CABRAL (empregando aqui a mesma frase que ele usou contra os Deputados Federais na votação da Emenda Íbsen), é claramente o de tirar o município de Angra do foco do progresso. Relembrando que Angra bate recordes sucessivos de arrecadação com ICMS do petróleo, e é a cidade onde a Petrobras quer investir na ampliação de seu terminal, no estado do Rio. É perfeitamente possível conciliar progresso com sustentabilidade -e harmonizar todos os setores produtivos com o mercado turístico. Para mim está claro, a decisão do Estado é política -e não técnica.
Vamos raciocinar um pouco mais:
Na entrevista (link acima) o Sr. MINC usa o argumento de que São Paulo criou quatro APAs Marinhas entre Santos e a divisa de Ubatuba com Paraty. Mas o que ele não disse é que isso não inviabilizou qualquer projeto de ampliação, nem do Porto  nem do Terminal da Petro -em São Sebastião. 
Ilustração/Entendimento:
Ora, assim como Angra, o município de Ilhabela/SP também foi considerado um dos indutores do turismo no país e, assim como a Ilha Grande está entre as 8 maravilhas do Estado, Ilhabela é considerada internacionalmente a Capital da Vela no Brasil. Cabe a pergunta:_por que a comparação? Antes de responder, para quem não conhece, comparando Angra com sua Ilha Grande (que é um município só), as cidades de São Sebastião e Ilhabela também são frontais uma com a outra, tendo apenas um canal separando-as, e ambas (eu disse 'ambas') vivem também do turismo, principalmente Ilhabela. 
A distância entre o Terminal/Tebar (píer norte, que é para onde se prevê a ampliação) e a Ilhabela é de aproximadamente 2 mil metros. No píer sul, por exemplo, navegando pelas balsas que fazem o transporte de automóveis e pessoas, na velocidade média de 5 a 5,5 nós (corresponde de 8 a 10 km/h), a travessia em média fica em torno de 7 min., à contar desse píer, portanto, visto a olho nú -bem pertinho, quase a mesma distância do tebig para a Ilha dos Macacos (Ilha Grande), que não fica a 200 metros, como disse o Sr. MINC na entrevista. Agora sim, cabe a resposta:_ O Tebar (Terminal da Petro em São Sebastião) será ampliado. Há uma discussão local quanto ao assunto, leiam -aqui-, quando setores do próprio Município  -não são contrários ao projeto, mas querem conhecer as garantias. Hoje, por exemplo, em meu blog dirigido aos leitores do litoral norte paulista, escrevi algo que, separadas as particularidades de lá e de cá, jogam luz na importância do assunto, leiam -aqui-
Dessa maneira, tento mostrar-lhes que a questão da preservação ambiental pode ser feita, aliada ao desenvolvimento do setor. Não há incompatibilidades, só má vontade. O Porto de Angra deverá ser ampliado pela Technip e o Tebig/ Petrobras pode também ser perfeitamente ampliado, assim como o Porto de São Sebastião o será pela Cia. Docas  e o Tebar pela Petrobras. Não cola o discurso do Governo do estado, portanto. resta entender que a criação da APA Marinha da Ilha Grande é um engôdo justamente para estrangular as possibilidades sobre o espelho d`àgua na Baía da Ilha Grande e inviabilizar o projeto de ampliação do Tebig, já que o Estado é deficiente em sua essência, pois já criou quatro Unidades de Conservação para a Ilha Grande. Hoje, na verdade, não há qualquer legislação que impeça a ampliação do Tebig. Se houvesse uma orientação da Capitania dos Portos, poderia complicar -e esta não vê restrições. O Estado sequer tem um Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro, coisa que os municípios da região podem criar no âmbito municipal e, ao que parece, dentro do Grupo de Trabalho criado, sob a respoinsabilidade de Paraty, a União já se prontificou a ajudar nisso. Melhor cuidar é da Baía de Sepetiba, na Ilha da Madeira, ou dos estragos ambientais de Maricá, por que em Angra é possível sim fazer -e o povo tem que lutar contra esse 'roubo', essa 'covardia'. Tornarei a falar sobere o assunto.
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21h40min.       -       adelsonpimenta@ig.com.br

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