domingo, 22 de julho de 2012

COM PT, A PETROBRÁS DIMINUIU

A entrevista ao jornal 'Valor Econômico' deste fim de semana, concedida pelo ex-presidente da Petrobras, GABRIELLI, estarrece. Ora, não ficaria impune as declarações recentes da Presidente da empresa, GRAÇA FOSTER, que assumiu o cargo adotando medidas cobradas há anos pelos analistas do mercado de ações, como bem enfatizou a análise do próprio jornal. A empresa que chegou a valer R$ 510,4 bilhões, na bolsa em maio de 2008, hoje está valendo perto de R$ 256 bilhões. Mínguou pela metade. Ele não aceita as críticas, defende sua gestão e disse que a atual executiva foi "inábil", para depois tentar consertar dizendo ser uma gestão de "continuidade", mas a coisa não é bem assim.
  

Custos exorbitantes e imprevistos
GRAÇA FOSTER determinou revisão completa sobre o Plano de Investimentos da Petrobras, do qual ela participou em sua formulação, diga-se de passagem, ela era uma das Diretoras da empresa, e na apresentação desse Plano Estratégico que vale até 2016 (podendo sofrer novas revisões), ela não se fez de rogada e, como disse o analista, expôs um segredo público ao apontar falhas de orçamento, de operação e supervisão de projetos vitais e bilionários. leiam este trecho do analista do 'Valor'

 
"Mesmo quem vê com simpatia o uso da empresa para objetivos estratégicos de Estado ressalta que a associação com a venezuelana PDVSA na refinaria de Pernambuco (que na Petrobras chamam de Rnest e os venezuelanos , que ainda não colocaram um tostão, chamam de Abreu e Lima) é um caso "emblemático e escancarado". Graça disse que é uma história para a Petrobras aprender e nunca mais repetir. Não por acaso a Renst é um dos projetos mais sintomáticos da era "bonde desgovernado" na Petrobras. Quando foi aprovada em 2005, custaria US$ 2,3 bilhões e ficaria pronta em novembro de 2011. Em março deste ano o preço já estava em US$ 17,1 bilhões, que no mês passado subiram para US$ 20,1 bilhões, com a inauguração prevista para novembro de 2014. Nesse período as obras avançaram apenas 57,5%"

Em período recente fiz uma série de postagens aqui tratando um pouco mais acerca desse assunto, da forma como a Petrobras estava ideologizando sua gestão em detrimento das questões mais técnicas. Vendo agora como a Presidente GRAÇA FOSTER  franqueia a discussão, formo convicção de que estava no caminho certo quando falei da matéria, mesmo tendo sido incompreendido ou combatido por uma ala mais radical do PT de Angra, principalmente. Leiam a entrevista do GABRIELLI e a matéria analítica, é interessantíssima. É o que digo, mais que discursos de palanque, é preciso capacidade de realizar as coisas.
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12h30min.        -         adelsonpimenta@ig.com.br

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