O Globo (30/07/12), segunda-feira:
A CPI e a Polícia Federal tinham elementos que o mensalão
abrangesse o Executivo e ministérios?
"A
expressão 'mensalão' não retrata (o caso). É o símbolo que a imprensa
usou, mas não retrata do ponto de vista jurídico, o que está no
processo. A palavra 'mensalão' dá a impressão de uma fila de pessoas que
no fim do mês vai receber alguma coisa. Nada a ver com isso. Ali tem
peculato, corrupção ativa, corrupção passiva, formação de quadrilha e os
crimes fiscal e financeiro. Então, não tem nada a ver com receber
dinheiro no final do mês".
ANTONIO FERNANDO DE SOUZA
Ex-Procurador-Geral da República
Autor da denúncia
Começa hoje um capítulo histórico para a judiciário e para a política do nosso país com o julgamento pelo STF do que ficou conhecido por 'mensalão'. Um capítulo que não deve ser escrito com menos de 30 dias, segundo os especialistas. Em sua última manifestação formal antes do
início do julgamento do mensalão, o procurador-geral da República,
ROBERTO GURGEL, enviou aos ministros do Supremo Tribunal Federal um
documento no qual afirma que o caso foi “o mais atrevido e escandaloso
esquema de corrupção e de desvio de dinheiro público flagrado no
Brasil”. A expressão faz parte de um vasto memorial que foi entregue na
última semana aos 11 integrantes do Supremo. Para se ter uma noção do tamanho da coisa, 40 seguranças foram contratados pela alta corte e 300 policiais militares estão à disposição para qualquer emergência. São mais de 50 mil páginas no processo. São 38 réus. Mais de 600 pessoas foram ouvidas. O caso é de 7 anos atrás, e a denúncia é de há 5 anos. No banco dos réus estará o Partido dos Trabalhadores-PT, por meio de algumas de suas principais lideranças da época em que os supostos crimes, conforme acusação formal feita pela Procuradoria-Geral da República, aconteceram. De frente para os homens de toga estarão sendo julgados o poderoso ex-ministro do governo Lula, JOSÉ DIRCEU, o ex-presidente do PT, JOSÉ GENOÍNO, o ex-tesoureiro do PT, DELÚBIO SOARES, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, o petista JOÃO PAULO CUNHA, e mais um bocado de pessoas desse mesmo grupo político. relatório do Ministro do STF, JOAQUIM BARBOSA, é a chave da questão. A possibilidade de o Ministro DIAS TÓFFOLI não se declarar impedido, de certa forma, constrange o Plenário, como disse o Ministro MARCO AURÉLIO MELLO, em entrevista à Globo. Vou fazer um acompanhamento do caso pela mídia e trazer alguns detalhes aqui no blog. Afinal, é um processo histórico.
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09h09min. - adelsonpimenta@ig.com.br
Um comentário:
Acorda mané fala da nossa cidade o povo quer saber o que e melhor para Angra......chega de carta marcada.....
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