sábado, 26 de janeiro de 2013

'FICHA SUJA': VEREADORES DISCUTEM COM BRASFELLS


Conversei um pouco mais com o vereador de Angra, Hélio Azevedo (o HELINHO DO SINDICATO) sobre a reunião que os parlamentares tiveram com a direção da empresa Brasfells. A busca é a de interlocução institucional coma empresa, principalmente para discussão sobre as restrições que a Brasfells vem colocando sobre as fichas dos funcionários demitidos, que terminam impedindo que estes voltem ao trabalho dentro do estaleiro, ainda que seja por uma das muitas empresas terceirizadas. São profissionais com suas famílias e residencias estabelecidas em Angra ou na região que terminam indo trabalhar em outras cidades e até estados distintos porque as restrições impostas em suas fichas na Brasfells os impedem de ficarem no município. Outro assunto que move o vereador, inclusive fez parte de sua plataforma de campanha, é a qualificação profissional, a abertura de novos postos e a manutenção das frentes de trabalho e este também foi um assunto abordado na reunião. HELINHO é metalúrgico por profissão e deverá levar para o nível das discussões mais importantes da Câmara a valorização profissional e a formação técnica e profissional na cidade. na qualidade de Presidente do Sindicato dos metalúrgicos, por exemplo, HELINHO levou um grupo de trabalhadores ao Ministério Público do Trabalho para que essa questão fosse denunciada, a chamada 'ficha suja'. É isso e, assim como ele, também espero por resultados. 
Foto: Secretaria de Comunicação da Câmara
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17h17min.     -     adelsonpimenta@ig.com.br

2 comentários:

Izabel Cristina da Fonseca disse...

Não posso me omitir quando a questão é Metalúrgicos. Memso porque minha luta por essa categoria vem há anos. Tenho um Projeto direcionado ao Metalúrgico que em breve estarei colocando em prática e que todos sabem que foi um COMPROMISSO, "não honrado", do Vereador Helio comigo antes de ser eleito Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos. Fato é que... A questão da ficha suja meu caro Adelson Pimenta é um problema que vem se arrastando a anos luz no Estaleiro. A maioria delas é de razões pessoais de Pedro Pereira. Ele, um ex militar, acostumado com a ditadura, que trata os metalúrgicos com normas do antigo militarismo. Agora, vamos ao que "eles denominam" de motivos para sujar a ficha de um trabalhador: 1. Mais de 6 faltas ao ano. Não é admissível que nós moradores de Angra, onde o clima é úmido, mais propenso a doenças alérgicas, tenhamos como base 6 faltas ao ano. Uma pessoa que toma um anti-alérgico não pode enfrentar um dia de trabalho num local de periculosidade. E para afirmar isso não precisa ser médico, basta apenas ler a bula das medicações. 2. Desvio de função e não cumprimento de cargos & salários. O que vemos hoje é que um trabalhador da extinta verolme, o mesmo que trocou seus carrinhos por ferramentas o que é o caso inclusive do Vereador Hélio, hoje ganha muito menos que um ajudante, se for comparado conhecimento e experiencia. Quando esse mesmo trabalhador recebe um convite para outra empresa e pede para fazer acordo e ser demitido, recebe um NÃO e é perseguido até que o mesmo peça demissão perdendo todos os direitos trabalhistas. Além de perder os direitos trabalhistas, se quiser retornar ao estaleiro não pode pois esta com a ficha suja. 3. IDADE DE PRODUÇÃO: O estaleiro entende que um trabalhador com idade maior que 36 anos não esta mais apto a trabalhar, sendo que, esse mesmo trabalhador é visto pelo governo como uma pessoa capaz, e lhe é cobrado impostos. 4. O grande problema do estaleiro esta também no numero de jovens que não tem experiencia alguma, além disso faz uso de entorpecentes dentro do estaleiro e nem sequer sentem-se ameaçados com a presença de chefes. Minha pergunta é: qual o incentivo que esses jovens novatos terão em produzir, se em menos de uma semana de fichado convive com pessoas que dão o sangue e estão a mais de 3 anos como ajudante??? Disciplina meu caro Adelson deve ser vista como incentivo para crescimento profissional. 5. Qualificação e formação profissional: Creio que precisamos exigir do estaleiro o curso de qualificação e formação profissional aos funcionários. Isso precisa ser feito em leves parcelas pagas pelo trabalhador, e no caso da demissão que seja descontado o valor do débito existente. Sendo que após a conclusão do curso ou a qualificação o funcionário seja remanejado para a área específica do curso. Precisamos exterminar com a prática abusiva onde os chefes vem de fora e nossos peões continuam peões. 6. INSS. O Sindicato dos Metalúrgicos precisa montar um setor de Assistência Social para acompanhar e interceder junto a empresa na questão de remanejamento de função no caso de pessoas que retornem ao estaleiro após um afastamento por INSS. Hoje o que existe é um terror dos metalúrgicos que temem voltar ao serviço por ter certeza que será demitido. Passei aqui para o grupo rapidamente apenas 6 questões cruciais. Não entrei em questões que envolvem o Estaleiro e o Governo. Deixarei para a próxima oportunidade. Sou metalúrgica, minha família é metalúrgica e conheço não só a Luta Sindical como "os acordos" e os "cala boca" que giram em torno dessa classe sofrida que sustenta uma máquina financeira administrada apenas por no máximo 4 pessoas. Fui. Agora posso ir pros braços de Morfeu e dormir o sono dos Justos. Privilégio de poucos.

Izabel Cristina da Fonseca disse...

Não posso me omitir quando a questão é Metalúrgicos. Memso porque minha luta por essa categoria vem há anos. Tenho um Projeto direcionado ao Metalúrgico que em breve estarei colocando em prática e que todos sabem que foi um COMPROMISSO, "não honrado", do Vereador Helio comigo antes de ser eleito Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos. Fato é que... A questão da ficha suja meu caro Adelson Pimenta é um problema que vem se arrastando a anos luz no Estaleiro. A maioria delas é de razões pessoais de Pedro Pereira. Ele, um ex militar, acostumado com a ditadura, que trata os metalúrgicos com normas do antigo militarismo. Agora, vamos ao que "eles denominam" de motivos para sujar a ficha de um trabalhador: 1. Mais de 6 faltas ao ano. Não é admissível que nós moradores de Angra, onde o clima é úmido, mais propenso a doenças alérgicas, tenhamos como base 6 faltas ao ano. Uma pessoa que toma um anti-alérgico não pode enfrentar um dia de trabalho num local de periculosidade. E para afirmar isso não precisa ser médico, basta apenas ler a bula das medicações. 2. Desvio de função e não cumprimento de cargos & salários. O que vemos hoje é que um trabalhador da extinta verolme, o mesmo que trocou seus carrinhos por ferramentas o que é o caso inclusive do Vereador Hélio, hoje ganha muito menos que um ajudante, se for comparado conhecimento e experiencia. Quando esse mesmo trabalhador recebe um convite para outra empresa e pede para fazer acordo e ser demitido, recebe um NÃO e é perseguido até que o mesmo peça demissão perdendo todos os direitos trabalhistas. Além de perder os direitos trabalhistas, se quiser retornar ao estaleiro não pode pois esta com a ficha suja. 3. IDADE DE PRODUÇÃO: O estaleiro entende que um trabalhador com idade maior que 36 anos não esta mais apto a trabalhar, sendo que, esse mesmo trabalhador é visto pelo governo como uma pessoa capaz, e lhe é cobrado impostos. 4. O grande problema do estaleiro esta também no numero de jovens que não tem experiencia alguma, além disso faz uso de entorpecentes dentro do estaleiro e nem sequer sentem-se ameaçados com a presença de chefes. Minha pergunta é: qual o incentivo que esses jovens novatos terão em produzir, se em menos de uma semana de fichado convive com pessoas que dão o sangue e estão a mais de 3 anos como ajudante??? Disciplina meu caro Adelson deve ser vista como incentivo para crescimento profissional. 5. Qualificação e formação profissional: Creio que precisamos exigir do estaleiro o curso de qualificação e formação profissional aos funcionários. Isso precisa ser feito em leves parcelas pagas pelo trabalhador, e no caso da demissão que seja descontado o valor do débito existente. Sendo que após a conclusão do curso ou a qualificação o funcionário seja remanejado para a área específica do curso. Precisamos exterminar com a prática abusiva onde os chefes vem de fora e nossos peões continuam peões. 6. INSS. O Sindicato dos Metalúrgicos precisa montar um setor de Assistência Social para acompanhar e interceder junto a empresa na questão de remanejamento de função no caso de pessoas que retornem ao estaleiro após um afastamento por INSS. Hoje o que existe é um terror dos metalúrgicos que temem voltar ao serviço por ter certeza que será demitido. Passei aqui para o grupo rapidamente apenas 6 questões cruciais. Não entrei em questões que envolvem o Estaleiro e o Governo. Deixarei para a próxima oportunidade. Sou metalúrgica, minha família é metalúrgica e conheço não só a Luta Sindical como "os acordos" e os "cala boca" que giram em torno dessa classe sofrida que sustenta uma máquina financeira administrada apenas por no máximo 4 pessoas. Fui. Agora posso ir pros braços de Morfeu e dormir o sono dos Justos. Privilégio de poucos.