terça-feira, 30 de julho de 2013

IDHM: ANGRA OCUPA a 31° POSIÇÃO NO ESTADO


O Município de Angra/RJ, no que se refere aos mais recentes dados divulgados do Desenvolvimento Humano no Brasil - IDHM, que é de 0,724 referente a 2010, o põe na 1.191ª posição, em relação aos 5.565 municípios do Brasil. Em relação aos 92 outros municípios de Rio de Janeiro, Angra ocupa a 31ª posição. Conforme redigido no Atlas lançado pelo Ipea, o município está situado na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). O IDHM passou de 0,599 em 2000 para 0,724 em 2010 - uma taxa de crescimento de 20,87%. Importante dizer que o município teve um incremento no seu IDHM de 47,15% nas últimas duas décadas, abaixo da média de crescimento nacional (47,46%) e acima da média de crescimento estadual (32,81%). Isso não é obra do acaso, mas resultado de iniciativas que perseguiram a correção de passivos e a implementação de políticas públicas mais estruturantes nos últimos anos.

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Entre 2000 e 2010, a população de Angra dos Reis teve uma taxa média de crescimento anual de 3,58%. Na década anterior, de 1991 a 2000, a taxa média de crescimento anual foi de 3,76%. No Estado, estas taxas foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,01% entre 1991 e 2000. No país, foram de 1,01% entre 2000 e 2010 e 1,02% entre 1991 e 2000. Nas últimas duas décadas, a taxa de urbanização cresceu 5,08%. Uma leitura prática e de resultado espantoso sobre esses dados é o de que Angra cresceu demograficamente mais que o restante do estado e o país, em termos comparativos, duas vezes mais por ano, nas últimas duas décadas. Isso gera demandas importantes em todos os sentidos e requer investimentos públicos de qualidade. Lupa no crescimento da taxa de urbanização, cresceu - e ainda assim ficou aquém das respostas necessárias para a contenção dessa ocupação territorial com tamanha demografia migratória. Cabem vários estudos neste contexto. Não sei se explica, mas ilustra, o fato de os três últimos governos terem sido de uma linha sucessória parecida nos investimentos que elevaram a taxa de urbanização, e a prefeita Conceição Rabha muito à se preocupar, não são poucos os desafios. Considerando que o ex-prefeito Tuca dedicou parte importante de sua gestão às obras de engenharia de contenção e reordenamento urbano com moradia popular, fica a certeza de que os índices mais atualizados já compreendem essa ação, mas isso só estará no estrato da próxima amostragem.


Em termos de Renda, a per capita média de Angra dos Reis cresceu 104,50% nas últimas duas décadas, passando de R$390,55 em 1991 para R$563,68 em 2000 e R$798,68 em 2010. A taxa média anual de crescimento foi de 44,33% no primeiro período e 41,69% no segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar per capita inferior a R$ 70,00, em reais de agosto de 2010) passou de 9,38% em 1991 para 3,87% em 2000 e para 2,03% em 2010.  A desigualdade diminuiu: o Índice de Gini passou de 0,54 em 1991 para 0,53 em 2000 e para 0,50 em 2010. Os dados do Caged já indicavam essa tendência, quando analisadas as oportunidades de emprego em Angra. Há uma riqueza de dados que podem e devem ser avaliados separada e criteriosamente. À prefeita da cidade, por exemplo, cabe o papel de incumbir sua equipe técnica de planejamento a cruzar, comparar, analisar e definir dados para melhorar a confecção do diagnóstico e a elaboração do planejamento da cidade - sob a sua gestão. As unidades de ESFs, por exemplo, assim como os mapeamentos da Defesa Civil, cruzados com dados cadastrais de IPTU e indicadores do IBGE da FGV, dados que operadora de energia elétrica, a Ampla tem, a Cedae e o Saee idem, podem fornecer informações absolutamente qualificadas que garantam segurança na tomada de decisões da prefeita. Asseguro o seguinte: os dados do IDHM, por mais favoráveis que soprem à cidade, nem sempre se traduzem na sensação vivenciada na ponta pelo cidadão, e o desafio é fazer com que isso aconteça, para que ganhe sentido essas confusas estatísticas. 
É a minha sugestão. Mãos à obra.
Acesse o Atlas do IDHM dos Municípios, clicando -aqui-. 
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23h57min.     -     adelsonpimenta@ig.com.br

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