segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

DESCULPAS OFICIAIS ESFARRAPADAS


Oi, leitor(a).
De acordo com matéria do portal Estadão/MSN (30/12), quase três anos após a tragédia de janeiro de 2011 na região serrana do Rio, quando mais de 900 pessoas morreram em consequência das chuvas, apenas 966 (16%) das 6 mil casas anunciadas na época para desabrigados pela enxurrada foram construídas pelos governos federal e estadual. O governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) atribui o atraso a "problemas na desapropriação de terrenos".

Em outro trecho, explica que, na capital fluminense, levantamento feito pelo gabinete da vereadora Teresa Bergher (PSDB) mostra que a Fundação Geotécnica (Geo-Rio) executou apenas 37% dos R$ 105,8 milhões previstos para proteção de encostas e áreas de risco em 2013. Responsável pelo controle de enchentes, a Rio-Águas executou 58% do orçamento de R$ 551 milhões previsto para o programa. Já a expansão do saneamento na zona oeste teve execução de apenas 46%, segundo o levantamento. Das duas uma: é incapacidade de gestão ou falta de prioridade política. Dinheiro tem.

Opinião
Neste caso, nem as desculpas oficiais são novas para os problemas antigos, envelheceram, se tornaram repetitivas, cansativas, estão desidratadas com tanta água de chuva que passou por cima nestes últimos anos. É uma desfaçatez, uma cara de pau que dá nojo. Há quem chame isso de sem-vergonhice. E faz todo sentido. Não há necessidade de se falar muito, mas de se prestar atenção.

A coisa está fugindo ao controle e uma repulsa social, principalmente das famílias que vira e mexe são prejudicadas pela consequência das chuvas e a desassistência governamental sobre serviços e investimentos essenciais em infraestrutura preventiva, não só não pode ser descartada, como deve ser compreendida como um ato de luta, como a defesa de uma justa causa. Não sei por quanto tempo mais as pessoas continuarão a sofrer com tanto descaso e serem submetidas a tanto discurso manjado - e caduco.
É o que penso.
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12h23min.     -     adelsonpimenta@ig.com

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