A partir de instrumentos primários pude constatar que o município angrense é tomado por ocupações urbanas onde- em percentuais gritantes a maioria esmagadora da população habita em residências sem possuir o 'título de propiedade', senão um simplificado 'Recibo de Compra e Venda' e, pasmem, há casos -e não poucos- em que tais recibos são propostos em papéis de embrulho de pão, assim como outros modelos que beiram a esquisitice, mas que terminam sendo realmente o único e mais valioso instrumento em posse do proprietário de fato. Narrar o motivo pelo qual a situação chegou a esse ponto, é ser forçado a especular sobre muitos eventos ocorridos nas últimas décadas no município- e desnecessário para a finalidade que busca esta postagem. Ao custo da manutenção progressiva da verdade, fica a peremptória necessidade de salientar que a Prefeitura é quem deve proceder com esse diagnóstico científico. Mas o cunho que originou esta minha preocupação, é a constatação de que a construção civil dessa grande maioria populacional estagnou-se justamente no momento em que o Governo Federal abriu e facilitou diversas linhas de crédito e de fomento, por intermédio da Caixa Econômica Federal, bem como reduziu a tributação sobre vários ítens desse mercado. Ao passo que, para acessar a esse dinheiro que está disponível, se faz necessária a apresentação de documentos comprobatórios da propriedade, como o habite-se, por exemplo. Nesse sentido, não possuindo esse arcabouço legal, o cidadão angrense fica amarrado em tal burocracia legal e, por conseguinte, imperra o desenvolvimento desse mercado interno da construção civil. Desse modo, recomendo que o Governo municipal determine urgentemente uma macropolítica de 'regularização Fundiária' e expanda o 'Programa de Engenharia Pública', dando total suporte para que os angrenses não percam essa oportunidade
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