quarta-feira, 26 de maio de 2010

O VALOR DE UMA OPOSIÇÃO

Desde a inovadora e recente reunião pedida pelo prefeito peemedebista TUCA JORDÃO (Angra), em que à mesa estiveram em dedo de prosa política- governo e oposição, até recente entrevista do vereador petista CORDEIRO à TV Comunitária local, e havendo ainda levantes e comentários críticos em alguns blogs, simplesmente não posso me permitir ao distanciamento do debate. Oposição, penso eu, pressupõe antes de qualquer coisa responsabilidade social e compromisso político com o extrato da democracia obtido nas urnas. E isso não é pouco. Muitos insistem em fingir não conhecer essa leitura extraída das zerésimas, mas há olhares atentos a tais movimentos que,  a meu ver, evoluem em aptidões analíticas- cada vez mais. Não nos esqueçamos que o processo instrui. Ao dialogar com a oposição, acerta o governo; e, ao participar -nesse caso- da reconstrução da cidade, a oposição age com relativa sensatez que, no caso em tela, não se resume meramente na fresta entre o implícito e o explícito, mas no que se entende por necessário. É imperioso saber que os grupos políticos se sucedem no poder, alternam nomes, mas herdam a mesma cidade- que se reproduz em cenários vivos onde está alocada a conjuntura social, independentemente de quem esteja dando plantão no poder. E, por fim, é essa mesma sociedade que sustenta a máquina pública e que dela espera respostas eficazes as muitas demandas geradas pelo próprio contexto do Estado (nesse caso, do município- enquanto ente federado); logo, tenho por entendimento que as questões ideológicas e partidárias precisam sempre serem aprimoradas pelo construtivismo que a pluralidade política proporciona, sem que haja perda da identidade e da escrita da história de cada um sentado em  cada lado da mesa.
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10h42min.               -                 adelsonpimenta@ig.com.br