segunda-feira, 25 de julho de 2011

UMA OUTRA VERSÃO


Me pediram para que eu lesse o blog 'Angrapol'. Eu li, e me impressionei com tamanho grau de acidez na redação proposta pelo autor em relação ao exercício sindical em defesa da honrosa categoria metalúrgica. A meu ver, por ser o autor do blog uma pessoa que ocupa um cargo comissionado na Câmara Municipal, e por ser o presidente do sindicato dos metalúrgicos um pretenso candidato ao Legislativo, a postagem não passa de futrica eleitoreira -típica de falta de argumentos sólidos. O problema, a meu ver, é que a ausência de conhecimento e o veneno do blog, desinforma. Não dá mais para apostar na ignorância, as pessoas estão atentas aos fatos. O emprego no setor naval depende dos contratos estabelecidos, e hoje o maior comprador é a Petrobrás. No intervalo de uma obra para outra, é praxe haver demissões, a menos que uma nova obra seja encomendada. Com o término da construção da P-56 (um orgulho de ter sido construída pelo estaleiro, em Angra), a previsão inicial era de duas mil demissões, que não chegaram a mil justamente pelo trabalho sindical junto a direção da empresa. As obras do pórtico (ganhou 80 metros para dentro do mar), ajudou na manutenção dos empregos. Mas, esta obra, estava em xeque por reclamações do Sr. TANURE junto ao SPU, ao que o Sindicato buscou apoio político em Brasília, demonstrando a importância da liberação deste empreendimento. Justiça seja feita, políticos como LUIZ SÉRGIO (PT) e FERNANDO JORDÃO (PMDB) ajudaram muito, além da ministra do planejamento, MÍRIAM BELCHIOR, ao compreenderem e se emprenharem nesta briga travada pelo Sindicato contra o posicionamento do Sr. TANURE. Por conta dessa conquista, muitas obras de reparo estão ocorrendo hoje, o que tem assegurado muitos empregos. O Sindicato dos Metalúrgicos de Angra e Região enumera conquistas, e justamente por isso a chapa sagrou-se vencedora nas eleições sindicais recentes. No que tange a seus representantes pleitearem cargos eletivos, é um direito que a democracia lhes confere. Ademais, não fosse essa representatividade política que o setor mantém em vários níveis de poder e as parcerias buscadas, este fatalmente teria sucumbido e, aí sim, estaria havendo (como houve por muito tempo, com as portas do estaleiro fechadas), a desesperança de muitas famílias metalúrgicas. Contar outra versão, a meu ver, é apequenar-se num debate necessariamente maior, por exemplo, sobre o do que nós podemos fazer para ajudar (e não atrapalhar) o Sindicato -na luta pelos empregos, conquistados com muito suor e dedicação do povo angrense. Tornarei a falar deste assunto.
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10h38min.         -           adelsonpimenta@ig.com.br

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