domingo, 18 de novembro de 2012

DESASTRES AMBIENTAIS E A GOVERNANÇA




A temporada costumeira de chuvas fortes está se aproximando, normalmente o verão traz  mais que o calor escaldante que faz a multidão povoar as praias. No caso de Angra, entre outras cidades como as das capitais de São Paulo e do Rio de Janeiro, além de cidades do Rio Grande do Sul, o histórico recente é de tragédias de imprescindíveis avaliações. Não desconsiderando o que houve no fatídico caso das cidades serranas do estado do Rio, é sobre Angra que quero falar.

O histórico mais recente é de famílias dizimadas e muitas outras vitimizadas pelas consequências das intempéries naturais, diversos imóveis (e aqui trato de casas, lares, abrigo de fato), se não foram soterrados, provavelmente estejam catalogadas pela Defesa Civil Municipal como fincadas em áreas inseguras, sujeitas a riscos. Antes mesmo da desvalorização total da área e de tudo o que nela há, perdas dos investimentos de anos, de pais de família; há desafios estrondosos para os governantes para garantia da segurança dos lugares afetados.

Na última terça-feira 13/11/12, foi divulgado um levantamento que faz parte de uma pesquisa "Perfil dos Municípios Brasileiros" do IBGE, que revela que apenas 6,2% das cidades brasileiras tem planos para a redução de desastres. Incrivelmente, as Prefeituras informaram que investiram em drenagem urbana e galerias de águas pluviais. Isso e nada é praticamente a mesma coisa. Pois bem, retomando o caso de Angra, nada ficou tão ruim assim, mas não é tudo.

O Prefeito da cidade, TUCA JORDÃO, fez investimentos importantíssimos em obras de engenharia de contenção de encostas, patrocinou o mais vistoso plano de aluguel social, entregou mais de oitocentos apartamentos às vítimas, deu caráter autárquico à Defesa Civil Municipal e criou um moderno centro de monitoramento e gerenciamento de crise, mas isso ainda não é tudo. O Estado, por meio dos Governos federal e estadual ficaram devendo nesse quesito. Enfim, há demandas e essa questão, não pode ficar sem o devido debate para que não tratemos mais de estatísticas, e sim de vidas à salvar.
Foto: Subsecretaria de Comunicação da Prefeitura de Angra
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11h11min.     -       adelsonpimenta@ig.com.br

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