Parece sina, mas, incrivelmente, a cada quatro anos as chuvas escolhem Angra para provocar estragos. Não sendo muito diferente do que enfrentou seus antecessores mais recentes, a Prefeita de Angra, CONCEIÇÃO RABHA, também teve essa ação da força da natureza logo no início de sua gestão. Ela enfrenta as consequências. Não obstante a derrapada administrativa que cometeu nos procedimentos para decretar Estado de Emergência no Município, talvez por orientações equivocadas de seu staff, seu governo está operando.
Prefeita se movimenta:
Nesses pouco mais de dez dias: ela já foi ao Rio, em viagem oficial, pelo menos umas duas ou mais vezes, em das quais com o Governador do Estado e o Ministro da Integração Nacional; se reuniu com sua equipe econômica para tomar ciência das condições de caixa; tenta reverter ao menos uma das perdas políticas que teve na Câmara, quando o Governo ficou sem o comando das duas principais Comissões da Casa, e ainda viu seu aliado perder no voto a mudança de horário das Sessões, e isso com apoio de sua bancada, o que demonstra falta de diálogo interno, pouca articulação de Governo; convocou uma entrevista seletiva para tratar de assuntos rotineiros, que não justificam o evento; reavalia uma série de contratos públicos, muitos dos quais terá que deliberar sobre pagamento, suspensão, rescisão ou manutenção; nomeia pessoas em cargos comissionados em todos os níveis disponíveis, enfim. Ela está prefeita com avidez e está legitimada pelo voto, é preciso respeitar isso.
Não me perguntaram, mas eu me antecipo em dizer não ter dúvidas de que ela está em expediente extraordinário na Prefeitura e que ainda se estenda com trabalho em sua casa, mas isso só traz estafa, nem sempre resolve. Sua equipe, a meu ver e à julgar por esses inaugurais dez dias, está aquém de sua dinâmica comunicada na campanha eleitoral. No que concerne a mobilidade urbana, outra complicação com as mudanças feitas nas vagas de estacionamento na Av. Júlio Maria, sem a antecipação da devida estrutura aos passageiros de ônibus nem reposição das vagas perdidas; e na saúde pública enfrenta o êxodo dos médicos para cidades vizinhas, como para Paraty/RJ e Ubatuba/RJ. Estimo que já tenham saído uns 10 profissionais, cindo só da UPA, e as razões alegadas por alguns com os quais tive contato, entre outras coisas, é salarial; ou seja, o Governo precisa reagir, sob pena de daqui a pouco ter que decretar estado de calamidade Pública na Saúde do Município.
Portanto, não trato aqui de nenhuma crítica específica, pois, honestamente falando, torço muito para que a Prefeita CONCEIÇÃO supere as limitações de seu partido local. Por fim, é imprescindível dizer o seguinte: para o bem ou para o mal, dependendo de como cada um faz sua avaliação, o PT no poder de Angra fez e faz o que tem feito sem oposição, por enquanto. Se acerta ou se erra, o faz sem a pressão dos que se opõem, e isso tende a acontecer em breve, normalmente após os cem dias de qualquer governo. É preciso capacidade de gestão, o resto é política.
É o jogo!
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18h15min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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