Não é segredo para ninguém, nem mesmo para o menos atento aos fatos, que o Governo da Prefeita petista de Angra, Conceição Rabha, está devendo. Não sendo simplista na forma de estabelecer a crítica - como alguém que a providencia para expor fraturas de uma gestão que peca por este ou àquele equívoco, minha leitura se dá fundamentalmente sobre o que está sendo feito - ou deixado de sê-lo, naquilo que foi gerado de expectativa com essa gestão pelos acordos apalavrados entre candidata e eleitores durante a campanha eleitoral.
Não é tarefa fácil ser gestor na sucessão de um governo. Depois de uma década, muita coisa mudou, a cidade cresceu, a demografia explodiu, a geografia comprimiu-se, o urbanismo foi povoado por mais gente que projetos, a infraestrutura não foi satisfatoriamente redimensionada, os investimentos não foram suficientes - e jamais serão, enfim, há demanda, reconheço isso. Há desafios. Ao se propor à essa substituição no poder local, supõe-se que tanto os partido quanto os candidatos que se opuseram estudaram os fatos e tinham a exata noção do tamanho e projeção das coisas que se porventura fossem eleitos, herdariam. Se essa máxima for considerada, não cabe o discurso de surpresa com a máquina. Reconheça-se a dificuldade, mas que não se permita as limitações anunciadas. É preciso gerir.
A prefeita, que seguramente não mede esforços para promover a propagada "mudança", já está com 6/48 de seu mandato executado. Como bem sabemos, ela ainda está fazendo suas ações com base na peça orçamentária que foi confeccionada no ano passado, portanto, pelo seu antecessor. Mas, que não nos fuja da memória a lembrança de que o ex-prefeito Tuca Jordão agiu com exemplar espírito público franqueando todas as condições legais para que a transição administrativa ocorresse, logo, embora o modelo orçamentário tenha a digital do antecessor, parte importante dele foi inspecionado e alterado ao modo petista de governar. Em outras palavras, o orçamento da prefeitura deste ano foi desenhado a duas mãos.
Nesse sentido, finalizo alertando todos que acessam este blog que não se atenham aos discursos oficiais, nem as 'notinhas' que a assessoria de comunicação da Prefeitura fica empilhando nas redes sociais; aliás, setor que sofre pela absoluta falta de dinamismo e desconhecimento visível do uso adequado das redes sociais para uma comunicação de e-governo. Abro aspas aqui: com toda modéstia e conhecimento de causa, esse é o meu negócio, portanto, falo do que entendo; fecho aspas. Então, retomando, não cabe mais as evasivas, tangentes ou qualquer coisa que os valham ou que caminhem ao lado dessa pequenez institucional. Doravante, estejamos atentos aos documentos orçamentários e de indicativos de investimento para 2014, que são: L.O., L.D.O, LOA e PPA, que em breve serão objeto de deliberações na Câmara Municipal. Vale o que está escrito. De olho no Boletim Oficial do Município - B.O. Se não estiver ali, é fuga. Eu espero me surpreender - e torço para que esta gestão dê certo, honestamente.
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21h45min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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