sábado, 20 de julho de 2013

O APRENDIZADO DE AMBOS OS LADOS DO PODER EM ANGRA

(Postado originalmente no Facebook)

Diz-se por aí, inté na rede social - e é bem verdade, que a relação institucional entre o Governo de Angra e os vereadores não é boa, e que a troca de ideias com cunho político virou troca de farpas com um pé nas motivações eleitorais. Não me peça, estimado leitor, para discordar dessa observação - ou teoria, eu não teria como fazer tal contorcionismo. É fato. Há um azedume entre as partes. Cada expressão torna-se um tiro. O que há por trás disso? Sempre há alguma coisa - nem sempre republicana. O finado Brizola chamava de "interésses". Em tempos modernos fala-se ser uma necessária junção de forças pela tal da governabilidade,  enfim, de coalizão. É, pode ser.

Em suma, diria o seguinte: Há vereadores debutantes que ouviram muitas estórias sobre legislaturas passadas - e é possível que tenham imaginado algo como: "é a minha vez", porém, pode ser que não esteja sendo bem assim e coisa e tal. Há também uma outra frente de vereadores tarimbados que se acostumaram noutros tempos a legislar e garantir sustentação parlamentar de um jeito, com um tipo diferente de governo, e hoje "não é bem assim". Do outro lado da praça, porém, há também uma gestora tentando aprender a lidar com uma composição que vá além de seu partido. É natural, o PT governou 12 anos sem que ter ceder muitos espaços para "aliados". A contemporaneidade requer outros jeitos, outros modos de fazer a conversa, de se negociar. É preciso ceder - e ambos os lados sabem, mas não contavam com isso. Restou o aprendizado - enquanto vai se aperfeiçoando a prosa. Mas, não se iludam, o tempo não pára, o processo não se esvai, o eleitor quer resultados e a população aprendeu a cobrar.
É o jogo!
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18h56min.     -     adelsonpimenta@ig.com.br

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