domingo, 18 de agosto de 2013

A BANCADA FEDERAL DE ANGRA

Olha, venhamos e convenhamos, os dois ex-prefeitos de Angra/RJ, fazem um trabalho político interessante em Brasília como deputados. 

O petista Luiz Sérgio, mais experiente no assunto, foi alçado em prestígio que precisa ser reconhecido, ocupando dois ministérios, o das Relações Institucionais e o da Pesca. Sua queda de ambos os ministérios não devia surpreender, mas sim sua ascensão. Ora, Luiz Sérgio não é de nenhum município que desequilibre nas urnas, já que Angra não chega a 150 mil votos, não tem esposa, filhos e nem pais influentes, é homem de partido. Foi assim que chegou lá, e foi em atendimento aos interesses desse mesmo partido que foi ejetado. De suas articulações, pessoas da região ocuparam e outros ainda ocupam cargos importantes na esfera federal, além do próprio deputado ser alguém à quem prefeitos e vereadores e deputados estaduais buscam para abrir portas, estabelecer novos contatos, conversas políticas, enfim, para o exercício político do mandato que exerce. Luiz Sérgio hoje é um nome de referência em seu partido não só no estado do Rio - de onde é, mas em várias partes do país. Tem assento à mesa das grandes discussões, tem voz e peso em sua bancada nacional. É um político de estrela.  

O outro deputado, suplente no exercício do mandato, o peemedebista Fernando Jordão, é debutante em Brasília, mas foi o prefeito que deixou o comando da cidade com o maior índice de aprovação popular já conhecido e comprovado, tendo feito seu sucessor. De trato fácil, se articula com desenvoltura e assume a linha de frente de agendas públicas importantes e de interesse direto da cidade e da região. Mesmo na condição de suplente, tamanha a desenvoltura com que lida com as pessoas e com as coisas nos bastidores, foi indicado pela liderança nacional de seu partido para ser o relator do projeto que discutia os royalties do petróleo na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, entre várias outras matérias que teve participação direta ou indireta. Para quem conhece os cochicholos do poder na capital federal sabe que não é simples chegar na Câmara dos Deputados e ganhar destaque, manter-se em evidência. Fernando atua como poucos em defesa dos interesses da região, principalmente militando nas Comissões temáticas da Casa, que é de onde tem obtido resultados importantes para atender as petições públicas e políticas que lhe são encaminhadas por governantes, legisladores e demais autoridades.


O que eu quero fazer com esta postagem é demonstrar a importância de Angra neste contexto, já que, ao contrário do senso comum, por não ser um colégio eleitoral que desequilibre sob um mapa eleitoral estadual, tem dois deputados federais. Isso é conquista e, acima de tudo, amadurecimento do eleitor. E mais, dois entre os mais atuantes - e pertencentes a dois dos partidos mais influentes no jogo do poder. Não discuto aqui especificamente a quantidade de votos de cada um nas urnas de Angra, já que é fruto de trabalho deles a votação que obtiveram em outras cidades, cada um fazendo política á seu modo próprio; conquanto, o meu destaque é sobre o fato de a cidade se consolidar líder na região da Costa Verde não só pela sua condição financeira mais privilegiada, mas também pela questão política na ocupação de espaços em mandatos eletivos e nas esferas de poder. Há referências políticas, e isso é importante. Angra está bem representado e tem seu destaque geopolítico no estado, portanto, o desafio é fazer com que isso se traduza cada vez mais em poder de atração de investimentos federais para a região, afinal, Angra tem uma bancada federal.
É a minha leitura.
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10h41min.     -     adelsonpimenta@ig.com.br

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