sábado, 19 de outubro de 2013

DNA DO VOTO


Considerando a figura alegórica para uma comparação, diria que o desafio posto à mesa dos partidos em Angra é mapear - e parece que isso está sendo feito, o DNA da compreensão dos fatos públicos e políticos pelo eleitor. Nunca é cedo para se pesquisar.

Não é possível ainda saber se o eleitor do município está satisfeito com a forma como tem sido governado localmente, logo, não há respostas ainda do por quê.  

Ao mesmo instante, está no suspeito parâmetro do achismo, as estripulias sobre a forma e o discurso dos que se opõem, principalmente na Câmara Municipal. Há vozes críticas em setores da mídia, sobre as quais não se sabe até que ponto exercem influência no eleitorado. Nas redes sociais há participações para todo gosto, e o monitoramento ainda não é preciso também. 

As avaliações de conteúdo político e análises sociológicas são buscadas em amostragens estatísticas. Mas, a leitura estratégica de cenários pode e deve ser feita por várias fontes, profissionais e artesanais. O diálogo social, por exemplo, é um poderoso instrumento de percepção.  

Não se sabe, portanto, quem está - e se está-se atingindo os anseios do eleitor. 

Os devotos de Fernando Jordão estariam sendo seduzidos pelas ações do Governo do PT em Angra? Os que optaram por votar em Conceição, estariam se sentindo bem representados - a ponto de não migrar para um sentimento de rejeição? Entre os que ficaram indecisos e votaram nulo ou branco ou se abstiverem nas últimas eleições, há algum sentimento pós-eleitoral? Há espaço para o surgimento de um projeto alternativo de poder? 

Como se vê, nenhum dos lados dessa disputa momentânea pela aprovação de seus atos políticos junto a população consegue definir suas estratégias neste primeiro ano do PT no governo de Angra, porque até mesmo as pesquisas que tem sido feitas para consumo interno dizem pouco e oscilam muito.

A mobilização de jovens nas ruas em período recente, o calor das próximas eleições em 2014, o acesso e a qualidade dos serviços públicos oferecidos na cidade, os projetos e investimentos que estão sendo executados, os espaços para discussão política, o relacionamento entre os que estão no exercício do mandato, a sensação popular de pertencimento da coisa pública, a saúde que recebe nos postos de saúde, a educação que se recebe nas escolas, enfim, o que tem feito a cabeça do eleitor?

O desafio não é pouco para os partidos políticos. Encontrar as razões pelas quais o eleitor se decidirá na próxima ida às urnas, dar vazão ao que exige o cidadão de seus representantes no poder, estar enfim entre eles - com candidatos que lhes represente nas próximas eleições municipais, são demandas que estão postas aos articuladores.

Estou procurando parcerias para encomendar uma primeira pesquisa de opinião pública exclusiva para este blog. Irei registrá-la, cumprir o que determina a lei, e publicá-la, além de formular reportagens com áudio e vídeo. Em meu plano, novos tempos para o blog - que também deverá vestir uma roupagem nova. Além disso, se tudo correr bem, em breve lançarei o Portal e revista impressa "Poder & Café". Pretendo uma entrada triunfal na comunicação regional.

Se a política é uma ciência, que seus especialistas encontrem o DNA do voto.

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21h05min.     -     adelsonpimenta@ig.com.br

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