quinta-feira, 24 de julho de 2014

BRASIL-CHINA E AS OPORTUNIDADES PARA OS MUNICÍPIOS

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Não pode ser visto com surpresa, principalmente por quem acompanha o aprimoramento das ações na esfera da administração pública, o que reproduziu a matéria do jornal 'Valor Econômico' (18/07), sob o título: "Maricá conta com pré-sal para investir US$ 1 bi em recursos do governo chinês". Na verdade, o Brasil busca mais oportunidades de negócios com seus parceiros do bloco chamado Brics (Brasil, Rússia, Índica, China e África do Sul), em especial com o Governo chinês. Há certo desequilíbrio nessa balança, verdade seja dita, já que o Brasil faz bem menos negócios em terras chinesas que o contrário.

O pragmatismo da diplomacia brasileira fez um grande achado com o acordo bilateral de cooperação econômica assinado pela presidente Dilma e pelo presidente da República Popular da China, Xi Jinping. Os termos são amplos, mas, fundamentalmente, amplia o volume de negócios entre os dois países. Desse extrato já vai se beneficiar diretamente Maricá entre outros municípios do país. A parceria, firmada quando são completados 40 anos de relações comerciais, abrange diversas áreas, mas sua relevância está no aporte de investimentos que o governo chinês fará no Brasil, algo em torno de R$ 240 bilhões. A foto acima é da matéria. A foto abaixo é do 'Notas & Informações' do estadão de hoje (24/07).
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Por causa da greve o IBGE não divulga os dados sobre desemprego, pelo segundo mês seguido, mas divulgou que o rendimento médio real caiu entre maio e junho. Não vai haver redução de juros, já que a meta do Banco Central é a de chegar em 4,5%, por isso, segundo documento divulgado logo após a divulgação da Ata do Copom, é manter-se com os níveis traçados por conta do entendimento oficial de que a infação não terá declínio nesse próximo trimestre. São informações que preocupam, sem qualquer dúvida. Sob o título "Haja Criatividade", a nota do jornal Estadão, de algum modo, reproduz uma preocupação com a engenharia financeira do Tesouro e os malabarismos que tem sido feitos para apresentar sempre uma conta menos traumática. Isso tem tudo a ver com os Municípios, porque é nas cidades que o impacto deverá ser mais sentido.

Cidades como Angra/RJ e São Sebastião/SP


Não consegui acessar a revisão anual do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Polo Pré-sal da Bacia de Santos (Plansal), referente a 2013, mas sim o de 2011. Este foi o período importante que antecedeu todo o processo de debate nacional sobre o novo Marco Regulatório do Petróleo e também o plano de captação financeira da Petrobras. Do Plano de Investimentos da estatal que interessa à essas cidades do litoral Costa Verde fluminense e Norte paulista, de certo modo, conheci na tradução dos próprios representantes da estatal, por conta do processo de discussão sobre o projeto de ampliação dos Terminais da Transpetro em Angra - o Tebig, e em São Sebastião - o Tebar. A baía da Ilha Grande e o canal que divide São Sebastião e Ilhabela estão no modal aquático de logística do pré-sal.

Porquanto, tomando por base o que se extraiu de documentação e parcerias pós reunião dos lídres de governo do Bric's, assim como o passo a frente que acertadamente deu o município de Maricá, penso que os gestores públicos de Angra e São Sebastião também poderiam se dedicar a prospectar as oportunidades que o evento ocasionou. Pode até ser que já o estejam fazendo. Por incrível que se pareça, ambas as cidades dispõem de baixo estoque de terras para investimentos públicos e privados de grande porte para esse atendimento e a infraestrutura precisa ser redimensionada, mas ainda há espaços para o poderoso ramo de prestação de serviços; enquanto as cidades vizinhas, como, no caso do Rio, Mangaratiba e Paraty; e no caso de São Paulo, de Caraguá, Ubatuba, Ilhabela e Bertioga, cabe também a busca de tais oportunidades. O que não se pode é ficar a ver o navio passar - e só.

Continuarei a abordar o tema, em postagens subsequentes.
Foto (rotaenergia)
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