quarta-feira, 1 de outubro de 2014

ANGRA TEM TERRÍVEL FALHA NA COMUNICAÇÃO GOVERNAMENTAL

Prefeitura de Angra dos Reis/RJ
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Desde que assumiu, sob a promessa eleitoral de mudanças conceituais, a gestão do PT em Angra não consegue romper com a temporada de volume crítico cada vez mais ascendente em relação a administração municipal. Isso é ruim, considerando o fato de que a cidade tem muitas demandas públicas que precisam de respostas. Em um cenário assim, até as boas notícias terminam na mesmice. Isso é falha de Comunicação, fundamentalmente.

Tão importante quanto a defesa sobre a tentativa de politização sobre atos administrativos, costumeiramente orquestrada por setores da oposição, é o devido esclarecimento dos fatos e a necessária divulgação estratégica das ações deliberadas. Se o setor que responde diretamente pela Comunicação Social e Institucional atuar com eficácia, a informação ganha em qualidade, logo, atende ao interesse público. Afinal, essa deve ser a finalidade dos trabalhos. 

Acontecendo Agora
Em meu monitoramento de redes sociais já detectei, por exemplo, haver reclamações de internautas sobre o fato de o Hospital de Praia Brava supostamente não estar atendendo os pacientes do SUS. É preciso checar o fato, e, caso proceda, chamar a Eletronuclear à responsabilidade com a cidade, porque o HPB, que é coordenado pela diretoria da Fundação Eletronuclear de Assistência Médica - Feam, é braço auxiliar no planejamento da saúde pública no Município. 

Sem fazer esse dever de casa, moradores do dos bairros da região estão tendo problemas. O setor de Comunicação da Prefeitura já devia ter detectado esse movimento, feito os avisos internos, recolhido as instruções e distribuído-as na rede. A página oficial da Prefeitura no Facebook é falha e não atende a essa necessidade de interlocução direta com os internautas; enquanto o site é pesado e, entre outras coisas, confisca o histórico dos arquivos sobre as gestões passadas. Isso é desnecessário, não é republicano nem coaduna com a postura democrática da Prefeita.

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A capa do jornal regional 'Voz da Cidade', na edição da última sexta-feira (26), por exemplo, chama a atenção pelos dados de uma pesquisa de opinião pública em que foi detectado que 75% da população não concorda com a administração da cidade. É altíssimo esse índice, principalmente se considerarmos que a Prefeita Conceição Rabha está ainda na metade de seu mandato. 

Não sou membro do Governo, mas, caso fosse já teria acessado a este conteúdo e estudado todo o conjunto de avaliações feitas pelo instituto, no sentido de entender as razões pelas quais há essa desaprovação popular sobre o Governo. É muito alto o índice. Mas, convenhamos, a publicação foi feita à moda da casa, logo, a Prefeitura tem o dever de analisar e fazer sua própria leitura desses resultados. Mais que isso, fazer pesquisas de opinião pública sobre os serviços prestados à municipalidade é dever de qualquer gestão, rotineiramente. Há uma terrível falha no setor de Comunicação da Prefeitura.   

Na audiência pública sobre a saúde, realizada na Câmara Municipal, após várias reclamações de usuários do sistema em relação a falta de pediatra no Centro, a Presidente da FusAr informou que um automóvel fica disponibilizado para transportar os pacientes até onde o médico estiver atendendo. Ninguém sabia desse informe. 

Contratação de Agência de Publicidade
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Num ato tardio, a Prefeitura publica Edital de Licitação para a contratação de uma Agência de Publicidade. O contrato que vinha mantendo era prorrogado e não originado por meio de um novo e transparente certâmen. Mas, vá lá. O fato é que operar a publicidade oficial sob contrato com uma empresa especializada é legal e necessário. No entanto, a Comunicação é feita pelo pessoal nomeado pelo gestor público, neste caso, pela Prefeita Conceição Rabha. A agência é uma prestadora de serviços - e só.

Nesse sentido, minha crítica se mantém quanto a forma desajeitada e improdutiva deste setor. Não é possível que o Governo seja tão letárgico e inoperante, tão ruim e decadente como está definindo a percepção popular por meio de pesquisas de opinião pública, conforme mostrado acima, e monitoramento de redes sociais que eu mesmo faço. É óbvio que o setor sozinho não resolverá a sensação de falta de ação, não melhorará a qualidade dos serviços públicos prestados, mas deve servir para informar sobre os atos oficiais. E deve fazer isso da maneira mais profissional e criativa e expansiva possível. É uma questão de gestão de Comunicação Institucional, que, neste caso, mostra-se falha e expõe a Prefeita. 

Não ocasião das chuvas, logo no início desta gestão, viu-se que o Gerenciamento de Crise atuou com uma Comunicação -, que devia ser tática e em tempo real, perdida, falha, esparsada e sem diálogo entre os fatos e os informes à sociedade; o que fez dos boatos na internet terem mais velocidade, volume e "credibilidade". Os informes oficiais iam sendo empilhados em notinhas de tempo em tempo - em total falta de sintonia com a necessidade operacional do momento. A Prefeitura jogou-se mais aos desmentidos que com o gerenciamento coordenado, por exemplo, com teor comunicacional distribuído sobre áreas georreferenciadas na ocorrência de cada problema ou dúvida. É falha de gestão na Comunicação Social

Num almoço de confraternização de fim de ano com jornalistas, o vice-prefeito da cidade, Leandro Silva, perguntou o que tinham a dizer sobre o Governo, e as reclamações foram todas sobre a forma como se relacionava o comando da Comunicação da Prefeitura com a imprensa. As críticas desses profissionais foram pesadíssimas. Leandro mostrou-se surpreso e assustado.

É o que penso - e espero ter contribuído.
Sem ressentimentos, por favor, porque não há nada pessoal aqui.
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11h47min.      -     adelsonpimenta@ig.com.br

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