segunda-feira, 20 de outubro de 2014

PREFEITA DE ANGRA VAI TER QUE CORTAR

A Prefeitura de Angra está longe de uma insolvência financeira, mas passa por um momento econômico de importante crítica. Diversos fatores podem e devem ser levados em consideração na análise dos fatos - e nenhum deles terá precisão cirúrgica. Nem todos os documentos oficiais necessários para essa auditoria estão acessíveis. Mas, preservada essa questão, é possível se fazer uma leitura política dos fatos. A Prefeita Conceição Rabha (PT) está com a responsabilidade de administrar. 

Mas, não se trata só do desenvolvimento da cidade. Em sua agenda também deve estar a gestão sobre egos; desfazimento sobre tática de guerrilha de grupos internos, que se digladiam por nacos de poder; identificar e equacionar conflitos de interesses políticos e, com isso,  verniz de sabotagens sobre seu Governo e futricas de uns e outros; implodir ajuntamentos que só prestam desserviços. 

Ela tem uma máquina pública para fazer com que todas as engrenagens funcionem, e o que menos precisa é de operadores subalternos tratando a coisa pública como área de rinha. Com dois anos de mandato, as expectativas vão se desidratando e as frustrações ganhando corpo; não obstante, os índices de reprovação popular pelo qual passa sua governança no momento. O quadro é reversível, eu creio e entendo assim, mas ela precisa tomar decisões.


Os servidores de carreira, por exemplo, já não engolem mais qualquer desculpa - ou justificativa oficial sobre a timidez no aumento real de seus salários, enquanto a máquina pública está inchada por nomeações políticas e gastando sem freios nem controle. Os investimentos estão muito aquém do esperado, razão pela qual a população não assimila a atual situação. Na Câmara Municipal, a base governista perdeu gordura e hoje opera na margem no limite do risco, o que faz o Governo pensar duas vezes antes de mandar uma mensagem mais polêmica à Casa.

Ela terá que refazer suas contas, principalmente se quiser fechar bem no Tribunal de Contas e dar uma satisfação popular, talvez com demissões para atender ao limite de despesas como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal. Além dos problemas criados pelos próprios aliados, há também um outro de caixa que é uma situação compartilhada pela maioria dos municípios brasileiros. É muita coisa negativa junto para dar certo. A folha de pagamento deve ser alvo de sua preocupação, tanto pelos limites legais quanto pelo discurso político.

Se os projetos permanecerem restritos ao risca-rabisca da mesa de um burocrata qualquer, neste caso, na de Antonio Nolasco, que sequer tem nomeação para responder por direito pelo Escritório Municipal de Gestão, e não forem tocados à frente com o devido registro nos programas do Governo Federal, empunhados pela Prefeita e secretários correspondentes para captação de recursos, enfim, restará as desculpas mesmo. Na pasta de Desenvolvimento Econômico, com todo respeito, está nomeado alguém que se opõe a usina nuclear. É, no mínimo, um contrassenso. 

Na AngraPrev, a caixa preta precisa ser aberta, afinal, depois de ter feito um Edital muito bom, o dinheiro do servidor permanece irremovível das aplicações em que estavam, e já conferem perdas em relação ao que estaria rendendo sobre outros Fundos, considerando alguns dos classificados pelo Edital. Na Comunicação Social, uma inoperância técnica e uma barreira gigantesca em relação aos meios de comunicação. Olha, não tem como dar certo. 

A Prefeita de Angra vai ter que cortar, passar a tesoura na própria carne, pelo bem de seu Governo, mas, antes de tudo, pela necessidade das coisas. 
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11h20min.      -       adelsonpimenta@ig.com.br 

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