terça-feira, 2 de dezembro de 2014

MARCO AURÉLIO VENCE E A LEGISLATURA MOSTRA AUTONOMIA

 

Os vereadores de Angra/RJ decidiram há pouco a composição da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal para o biênio 2015/2016. Falei um pouco nos últimos dias acerca do que circulava nos bastidores, sempre anotando que há uma tênue diferença entre o que se especula e o que de fato é informação. Meu cuidado é sempre em não misturar uma coisa com a outra, mesmo sabendo que ambas são derivados de um processo político. 

Marco Aurélio está legalmente eleito. Ele é do PROS. Politicamente, todavia, fica bem na foto pelo vereador José Antonio, que soube mapear a alma de cada vereador, entendeu a dinâmica do processo, arquitetou o jogo e soube preservar quem estava em condições mais sensíveis na reta final. Enfrentou em silêncio um revés que foi a sua expulsão do partido e manteve o leme sob controle. Sempre digo, nunca subestime o seu adversário.

O vereador Eduardo Godinho, que está sujeito as sanções estatutárias de seu partido, o PT, tem discurso, porque ele está na Mesa, logo, não deixou de dar ao partido essa condição. O problema é que ele expôs uma fissura importante internamente e fez sucumbir a liderança da vereadora Lia. Ela precisa se reinventar. Só não foi pior, neste contexto, porque o Governo nunca assumiu uma candidatura, já que os três nomes que estiveram no jogo, em tese, são governistas. Uma ação isolada aqui e acolá, mas nada com a chancela oficial do Governo, tanto que a prefeita Conceição Rabha sequer discursou sobre isso na plenária do PT no fim de semana.

As prévias das eleições municipais de 2016 estão aí. Não é possível saber sob quais acordos foram costurados cada voto, mas o Poder Legislativo é uma Casa de tratativas políticas e a palavra tem mais peso que um papel assinado. Já houve eleição de Mesa Diretora que prova isso, com papel assinado e tudo o resultado foi diferente do que se previa. 

Ao Governo cabe cumprimentar o eleito e já começar as conversações, imediatamente. Se não se envolveu, não deve haver arestas. E se houver pendências, que sejam sanadas. O jogo não pára e a governabilidade depende de diálogo e aproximação e não de briga e distanciamento. Amanhã, por exemplo, quarta-feira (03/12), já haverá audiência pública pela Comissão de Finanças da Casa para a discussão do Orçamento de 2015. 

Pode até ser que Godinho, vice-presidente da Comissão seja posto à prova, se Carlinhos, que preside, não for,. E aqui só especulo, porque, preterido, nunca se sabe com que ânimo se acorda no dia seguinte. O Governo precisa cuidar das negociações sobre as emendas sobre a LOA. Tem muito trabalho pela frente. resta saber se não ficaram muitas sequelas pela disputa, porque antes das eleições de 2016, vem o ano de 2015 e um município cheio de demandas e desafios pela frente.

Boa sorte aos vencedores, em especial, ao amigo Helinho do Sindicato, vice-presidente eleito da Câmara. O processo sempre instrui, e este não é diferente - creio, tendo deixado uma lição para todos, vencedores e perdedores.
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12h54min.    -    adelsonpimenta@ig.com.br

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