terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

ANGRA E A VOLTA DO RECESSO PARLAMENTAR


Volta do Recesso
Após a quarta-feira de cinzas, já na quinta, 19/02, no enterro dos ossos, os vereadores angrenses voltarão aos trabalhos. A Câmara Municipal encerrará seu recesso. Com hora prevista para começar, é impossível saber a que horas terminará a sessão. Será a primeira ordinária presidida pelo experiente Marco Aurélio. 

Independentemente da ressaca de cada um pela brincadeira nas noites de carnaval, há algumas coisas importantes, politicamente, previstos para acontecer: Os vereadores que prometem protocolar um pedido de impeachment da prefeita e de seu vice; os vereadores que já adiantaram que não darão apoio a esta iniciativa; e, finalmente, a ida da prefeita à tribuna para discursar, como manda a praxe.

Sobre o Impeachment
O pedido de impeachment, antes de qualquer coisa, serviu para demarcar os limítrofes de alguns vereadores com o Governo, ou seja, de certo modo, caracteriza quem é enfim oposição e governista. Mas não é só isso. Esse tipo de iniciativa, tendo sido deliberada logo após a eleição da nova Mesa Diretora, demonstra também que esse processo é matéria vencida. Hoje a leitura já é outra. 

Haverá a formação das Comissões Permanentes da Casa, e há acordos prévios apalavrados. Mas,. segundo consta, já há quem queira um novo acordo, mas, haverá resistências. Por fim, a estratégia adotada de coleta de assinaturas nas ruas, sem valor jurídico algum ao que se pretende, termina sendo um instrumento de tentativa de pressão sobre os demais parlamentares. E isso parece não ter sido bem tragado pelos pares.

No dia que encerrou as tendas, a oposição falou em números de assinaturas, que quer impressionar. Mas, no mesmo dia, uma importante liderança eclesiástica da cidade, apartidário, soltou uma publicação impressa repudiando a jogada política pelo impeachment. Grosso modo, se considerar esta voz como a representante do segmento evangélico, caberia dizer que ao mesmo 30% do eleitorado angrense é contra o impeachment, sem a necessidade de se consultar, porque foi vocalizado pelo seu líder.

Olhos atentos na Câmara, porque a população espera também pelo pronunciamento da prefeita, que até agora tem se mantido em silêncio, mesmo sob tamanha fricção política de seus adversários na Câmara. Ela tem apoio da maioria, tanto no Legislativo quanto na população, considerando que, por mais assinaturas que se tenha conseguido, mesmo sem submetê-las a uma checagem mais séria, a menor parte da população aderiu a tese do impeachment.

É o jogo!
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00h15min.    -   adelsonpimenta@ig.com.br

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