terça-feira, 5 de maio de 2015

AS TRÊS NOTÍCIAS

Quando digo que um Governo precisa fazer crítica de si mesmo e buscar a excelência de sua gestão com serviços públicos de qualidade, e também que a oposição deve fazer leituras contextuais, avaliações de conjuntura e se dedicar ao debate em favor da cidade e não de seus próprios interesses pela próxima eleição, o faço crendo que o interesse público está acima do interesse de um grupo político, seja o do poder ou o do que a este se opõe. Falo sobre isso há anos.


Angra dos Reis está à beira de um ataque de nervos com as três notícias: 
_ Uma crise financeira nacional que se reflete sobre o Município e reduziu a capacidade de investimento da Prefeitura, compromete a manutenção com qualidade na prestação de serviços públicos e forçou atraso no calendário de pagamento dos servidores, além de ter impossibilitado qualquer reajuste salarial no momento;
_ Notícias de possível cometimento de irregularidade nos contratos da construção de Angra 3, negadas de pronto pela empresa - por meio de Nota à Imprensa;
_ Complicações de financiamento pela Sete Brasil, agora com agravante judicial nesse mesmo sentido, que pode inviabilizar a indústria naval brasileira. O estaleiro Brasfells é forçado a rever sua planta operacional em Angra. 

Em sendo alguns dos principais pólos geradores de emprego e retroalimentadores da economia local e regional, a possibilidade de desaceleração, que provoca desemprego  e, com a diminuição das atividades, menos recolhimento de tributos, assusta. 

Nessa conta, há que se considerar o fato de que o Porto continua na mesma, sem ter alcançado os investimentos já anunciados por sua ampliação e modernização. Assim também é o caso das negativas do órgão ambiental do Estado, o Inea, em relação ao projeto de ampliação do Tebig e a suspensão do licenciamento para o ship-to-ship. O conjunto de coisas preocupa.

Desse modo, com todo respeito aos debatedores políticos do momento, se as picuinhas, os xingamentos, as palavras fortes que atentam contra a honra do outro permanecerem sendo a tônica da discussão política, estamos fadados a um processo eleitoral tímido em novidades, com uma sociedade tendo em seu poder menos informações que devia e um cenário de perigos a urbanidade. É hora de reciclagem no poder e na busca deste, por meio político - do discurso, das ações e do comportamento.
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23h43min.    -     adelsonpimenta@ig.com.br

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