quarta-feira, 27 de maio de 2015

MINISTRO PÕE ENERGIA NA RELAÇÃO DA PREFEITA COM A ELETRONUCLEAR


A Prefeita de Angra não se deixou ser tragada pelo formalismo do ato e capitulou institucionalmente. Na visita do Ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, quando conhecia a estrutura da Central Nuclear (Usina) em Angra, Conceição Rabha não titubeou quando teve a oportunidade e colocou na pauta das conversas as contrapartidas socioambientais da Eletronuclear - a empresa anfitriã da agenda oficial.

Ao contrário do que alguns supunham, não houve qualquer constrangimento. O Presidente da empresa, Pedro Figueiredo, compreensivo e solícito, de pronto aquiesceu com a petição da prefeita e a importância dessa conversa. Há necessidade de se cumprir com as condicionantes do licenciamento do empreendimento Angra 3, sob pensa de punições, ao mesmo tempo em que o Município passa por problemas sérios em relação ao seu orçamento, como reflexo da conjuntura econômica nacional.

Não há como não dizer que em quase seis anos, algo em torno de apenas 20% de tudo o que é devido pela empresa, foi cumprido. Os valores perfazem R$ 180 milhões. Há projetos entregues pela Prefeitura à direção da empresa, mas sempre há burocracia ou má vontade que emperram as coisas. De algum modo isso chegou a provocar certo esfriamento nas relações institucionais do Município com Eletronuclear. 

No meio disso tudo, por conta de outras contingências que não vem ao caso agora, o Presidente caiu. Alçado ao posto, Pedro Figueiredo, experiente diretor e conhecedor da cidade, é a porta pela qual a prefeita mantém a opção de negociação pelo diálogo, abrindo mão nesse momento de judicializar o caso e tomar medidas administrativas.

A reunião estava prevista para hoje em Brasília, mas essa agenda caiu. Há um movimento de prefeitos e o Ministro pediu o adiamento, que deverá ser para a próxima semana. Eduardo Braga quer dispensar maior atenção à matéria e tentar mediar um entendimento entre as partes. 

O Governo opera com medidas de contenção de custos para diminuir o custo da máquina. A Prefeita quer "a garantia da regularidade da data do pagamento da folha, a manutenção das atividades prioritárias, a garantia do pagamento de fornecedores e voltar a ter capacidade de investimentos, mas, neste caso, fundamentalmente, quer eliminar os riscos e executar os projetos de mitigação dos impactos gerados pela construção de Angra 3", conforme disse.
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18h20min.    -     adelsonpimenta@ig.com.br

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