domingo, 31 de maio de 2015

O PASSADO QUE ASSOMBRA E O PRESENTE QUE MUDA

Foto de arquivo (Somando Forças)

Angra dos Reis, para se desenvolver, precisa se desburocratizar. Há muitas dificuldades e letargia que a burocracia proporciona para o licenciamento de edificações, de novos empreendimentos e até mesmo para a regularização documental de imóveis. Há muita demora na ligação de energia elétrica. 

Há ineficiência na coleta, reservação e distribuição de água potável. Há grave problema com telefonia e serviços de dados com o uso da internet. Problema é o que não falta. Isso emperra, imbrica. Angra é uma cidade cara, pouco atrativa ao investimento privado do jeito que está.

A prefeita da cidade, Conceição Rabha, herdou a inverdade dos discursos políticos de facilidades, de pujança, de uma porção de coisas que não se reflete no dia a dia da população - e tem que lidar com isso, é do mandato para o qual foi eleita. Pior, ainda tem que ouvir dos mesmos autores dessa façanha de ter feito o município parar no tempo uma porção de críticas e conselhos sobre o quê e como fazer isso e aquilo. Os arautos políticos de hoje, que pregam o futuro, são os mesmos que estagnaram a cidade. As pesquisas de opinião apontam uma nova tendência e percepção sobre as coisas. Isso é bom.

Pelo Governo, donde se espera respostas para demandas de ordem estrutural, algumas medidas legais deverão ser propostas à aprovação do Poder Legislativo. Para isso, um conjunto de medidas que visa dar celeridade aos procedimentos, elaboradas pelo Meio Ambiente, está em fase final de análise pela Procuradoria Municipal.  

No artigo que escrevi para ser publicado em minha coluna na próxima edição do jornal @ Voz da Costa Verde, trato disso observando o que os muitos discursos políticos das últimas duas décadas não conseguiram traduzir em ações efetivas governamentais. Muita perfumaria - e só, até aqui. Não há sequer como conceituar os modelos de gestão implantados, senão pelo manjado populismo. 

São muitos os desafios. A busca por cursos acadêmicos de qualidade como os que são tratados com a Estácio; a Faculdade de Medicina; a cessão de um imóvel para ampliação dos espaços da UFF, enfim, ajudam na oferta do conhecimento. É uma assertiva e tanto da Prefeita. É mesmo preciso incentivar e apoiar a pesquisa, os estudos técnicos, os balizamentos estatísticos, a formação profissional e a qualificação.

Não basta o palavrório de ocasião, as bravatas cheias de manobras gestuais para a TV. Isso é teatro, é dramatização que se encaixa em outra área. É preciso muito mais que isso para o desenvolvimento de Angra. O atual Governo, assim como os próximos, não se iludam, a correção de rumo carece de tempo e aperfeiçoamento das ações, de comprometimento e de competência. 

Ao enviar à Câmara essas matérias e articular com a comunidade acadêmica, a Prefeita inicia um período importante de transição de um modelo de gestão falido para algo mais moderno e resolutivo à cidade. Os resultados dirão isso. É por aí que se pode enxergar o prometido Tempo de Mudanças.
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18h37min.    -        adelsonpimenta@ig.com.br

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